PJ identificou 27 menores suspeitos de fogos florestais desde 2013

PJ identificou 27 menores suspeitos de fogos florestais desde 2013
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Porto Canal (DYP)

11% dos supeitos de atear fogos florestais são menores. Segundo um especialista, estes menores fazem questão de dar provas à sociedade de que existem. Na maioria dos casos está relacionado com limitações cognitivas e isolamento.

Segundo os dados fornecidos ao PÚBLICO pelo Gabinete Permanente de Acompanhamento e Apoio que lidera o Plano Nacional para a Prevenção e Investigação de crime de incêndio florestal, desde 2013, a Polícia Judiciária identificou 27 menores suspeitos de atearem incêndios florestais em todo o país.

Em causa estão menores de 16 anos que não podem ser criminalmente responsáveis e nestas situações, os casos são comunicados ao Ministério Público para a instauração de um processo tutelar educativo em Tribunais de Família e Menores que pode acabar com o internamento dos jovens em centros educativos.

A psicóloga Cristina Soeiro, coordenadora do Gabinete de Psicologia da Escola de Polícia Judiciária, explicou ao PÚBLICO que as diferenças entre as idades não mudam as motivações.

“Porquê querer ver diferenças entre adultos e menores suspeitos de incêndios? O fascínio pelo fogo é partilhado por todas as faixas etárias e as motivações são as mesmas porque há um processo contínuo na análise e os adultos já foram menores. As motivações já existiam na maior parte das vezes”, afirma a especialista.

Segundo a investigadora, “muitos fazem-no para manifestar a sua existência em contextos de isolamento social e de limitações na sua inserção social. A maioria dos casos é da autoria de uma só pessoa. Os comportamentos de grupo são a minoria e ocorrem mais vezes associados a vandalismo. Há também os que têm fascínio pelos bombeiros e também há casos de autismo” e acrescenta relacionando alguns casos a ambientes familiares disfuncionais.

Estas investigações da PJ ocorreram entre Julho e Setembro de 2013. Alguns assumiram grandes dimensões, em especial dois, iniciados a 15 e 23 de Agosto, cujas chamas destruíram no total 916 hectares de matos e florestas, ameaçando povoações.

 

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