Congeladas contas de dirigente de jornal crítico venezuelano El Nacional

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Porto Canal / Agências

Caracas, 28 jul (Lusa) - O Ministério Público venezuelano ordenou o congelamento das contas bancárias de Miguel Henrique Otero, presidente e editor de um dos diários mais antigos do país, o El Nacional, crítico do atual regime, o qual foi ainda proibido de alienar bens.

A medida foi anunciada pela Procuradora Geral da República, Luísa Ortega Díaz, que confirmou ainda que foi emitido um mandado de detenção, por alegado enriquecimento ilícito, contra Alfredo Peña, um antigo presidente da Câmara Maior de Caracas, que chegou ao poder como aliado do falecido presidente Hugo Chávez, passando depois para a oposição.

"Receberam-se os resultados de uma ação de cobrança em bolívares (moeda venezuelana) que Alfredo Peña teria intentado contra Miguel Henrique Otero. Os factos poderiam revestir-se de caráter penal, pois não sabemos onde o funcionário público obteve essa quantidade de dinheiro, nem tão pouco conhecemos por que razão o demandado devia essa soma", disse.

Fontes não oficiais dão conta de que a dívida em questão ascende a 3,5 milhões de dólares norte-americanos e corresponde a um empréstimo feito em 2003 por Alfredo Peña a Miguel Henrique Otero, que atribui a medida a "um novo atropelo para limitar a liberdade de expressão".

Alfredo Peña, que também foi diretor do diário El Nacional, está acusado de participar nos acontecimentos que, em abril de 2002, afastaram temporariamente Hugo Chávez do poder.

Na terça-feira, o diretor do diário 6to Poder, também crítico, denunciou que o governo venezuelano, através da Superintendência de Bancos, ordenou o congelamento das contas, uma medida que, disse, obriga ao encerramento "forçoso" do grupo editorial.

"Nós ficámos literalmente na rua, o Governo congelou todas as contas do grupo 6to Poder e as minhas contas pessoais", disse Leocenis Garcia.

Crítico do atual regime, o grupo editorial e o seu diretor foram recentemente denunciados pelo deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela Júlio Chávez pela alegada prática de corrupção, legitimação de capitais, evasão fiscal e financiamento de terrorismo através de contas bancárias no estrangeiro, num conjunto de acusações refutadas pelo jornalista.

FPG // DM.

Lusa/Fim

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