Antiga administração da Gaianima alvo de injunção judicial pela 'Extreme Sailing Series'

Antiga administração da Gaianima alvo de injunção judicial pela 'Extreme Sailing Series'
| Norte
Porto Canal

O presidente da Câmara de Gaia divulgou hoje que a auditoria à extinta Gaianima revela "situações graves" como uma dívida relativa ao 'Extreme Sailing Series' que já motivou uma injunção judicial, com a anterior administração do lado dos réus.

"Julgo que estamos perante algumas situações graves, uma delas já deu direito a injunção", afirmou à Lusa Eduardo Vítor Rodrigues no final da reunião de câmara de hoje, acrescentando que para a injunção "já foram chamados [pelo tribunal] como réus [os membros da] anterior administração, Ricardo Almeida, João Pinto e Angelino Ferreira."

Em causa está uma injunção judicial - que consta do relatório da auditoria - apresentada pela empresa organizadora do evento 'Extreme Sailing Series' (corrida náutica de catamarans), realizado pela segunda vez em 2013 no Douro e com uma despesa de 100 mil euros que, para Vítor Rodrigues "não é legal".

"Das duas uma, ou eu pago e torno-me parte da ilegalidade, ou peço ao tribunal que me diga como fazer. Se o tribunal me disser que, independentemente de todas as irregularidades, a Câmara Municipal beneficiou do serviço e tem de pagar, eu pagarei, tranquilamente", sustentou o autarca.

Vítor Rodrigues garantiu que o resultado da auditoria "grave" de cerca de 700 páginas "está apurado" e refere um valor de 4,5 milhões de euros de "verbas impagáveis" porque "violam a lei dos compromissos".

O documento revela também um "endividamento de 11 milhões de euros" relativo a infraestruturas.

O presidente da Câmara de Gaia já havia anunciado que irá enviar à procuradoria-geral da República o resultado da auditoria externa à empresa municipal Gaianima que conta com um passivo total (de curto, médio e longo prazo) de 14 milhões de euros.

Perante a dissolução daquela empresa municipal, a câmara aprovou hoje em reunião uma proposta para criação de uma régie cooperativa para "ajudar a gerir equipamentos desportivos e culturais que têm uma grande sazonalidade".

Outra auditoria concluída é relativa à empresa municipal Águas de Gaia que revelou "uma subavaliação das contas e da sua estabilidade".

De acordo com o relatório relativo aos anos 2011, 2012 e 2013 o capital próprio foi sobreavaliado e o passivo subavaliado, sendo por isso, "maior do que o que estavam a demonstrar".

Em 2011 e 2012, ainda durante a gestão do anterior autarca Luís Filipe Menezes, a empresa não apresentou prejuízo "porque fizeram ajustamento nas contas".

"As contas foram maquilhadas", atira Eduardo Vítor Rodrigues agora com mais 12 milhões de euros de passivo que foi "subavaliado", como sustenta a própria auditoria.

O documento refere ainda que a Águas de Gaia "não dispõe de um cadastro do seu ativo fixo tangível que permita identificar, de forma inequívoca, todos os contadores em uso".

Salientando que esta auditoria "revela maquilhagem de contas", Vítor Rodrigues assinalou que tal situação "permite explicar que algumas das abordagens que são feitas relativamente às contas da câmara, são feitas na base de dados errados".

"Quando alguns dizem que as contas da câmara não são tão graves quanto parecem, dizem-no em função dos dados que são publicados e não dos dados reais. Porque houve de facto manipulação de contas", sustentou.

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