Sócrates: Jerónimo de Sousa não quer julgamentos precipitados e apressados
Porto Canal
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, alertou hoje para a necessidade de não se fazerem julgamentos precipitados sobre o ex-primeiro-ministro José Sócrates, preso preventivamente segunda feira por suspeitas de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.
“Continuamos a considerar que há necessidade de um apuramento da verdade. A investigação deve continuar sem julgamentos e condenações apressadas e precipitadas”, afirmou à Lusa o secretário-geral do PCP, à margem de um protesto em frente ao parlamento quando os deputados aprovavam o Orçamento do Estado para 2015.
Jerónimo de Sousa acrescentou que “os partidos não são todos iguais”, ou corruptos, e apelou aos portugueses que se desiludiram para que venham dar força ao PCP, se juntem aos protestos e deem o seu voto ao partido.
A coordenadora do BE Catarina Martins, também à margem do protesto em frente à Assembleia da Republica, destacou que a aprovação hoje do OE2015 mostra que "não somos todos iguais e não defendemos todos o mesmo", escusando-se a mais comentário sobre a dertenção de Josè Sócrates.
O ex-primeiro-ministro José Sócrates foi detido na sexta-feira à noite, no aeroporto de Lisboa, quando regressava de Paris.
O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) decretou segunda-feira à noite a prisão preventiva do ex-primeiro ministro José Sócrates, do seu motorista, João Perna, e do empresário Carlos Santos Silva por suspeitas de crime económicos.
O ex-primeiro-ministro José Sócrates vai ficar detido no Estabelecimento Prisional de Évora, onde já passou a noite.
José Sócrates é o primeiro ex-chefe de governo da história da democracia portuguesa a ficar em prisão preventiva, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.
Os outros dois arguidos em prisão preventiva no âmbito do "processo Marquês", encontram-se presos preventivamente no Estabelecimento Prisional Anexo às Instalações da Policia Judiciária, na rua Gomes Freire, em Lisboa, confirmou a mesma fonte.