Exportações crescem 4,1%, menos do que o estimado para este ano
Porto Canal / Agências
Lisboa, 28 ago (Lusa) -- O Governo reviu em baixa o aumento das exportações para este ano, prevendo agora que cresçam 4,1%, menos 1,6 pontos percentuais do que o estimado no Documento de Estratégia Orçamental (DEO), segundo a proposta de orçamento retificativo divulgada hoje.
De acordo com a proposta de segunda alteração do Orçamento de Estado para 2014 entregue hoje à Assembleia da República, o Governo ajusta a estimativa de crescimento das exportações para 4,1%, menos 1,6 pontos percentuais perante a última estimativa do Executivo, no DEO, que antecipava um crescimento de 5,7% das exportações. Já perante o Orçamento do Estado para 2014, que previa uma subida de 5%, a queda é de 0,9 pontos percentuais.
O Governo justifica o crescimento das exportações abaixo do previsto com a "revisão em baixa da procura externa relevante para a economia portuguesa".
O Executivo assegura ainda que "o ajustamento externo continuará a materializar-se, prevendo-se em 2014 uma capacidade líquida de financiamento face ao exterior de 1,3% do PIB, assente em saldos positivos da balança corrente e da balança de capital".
Esta estimativa do saldo das balanças corrente e de capital revista agora para 1,3% do PIB, fica 1,6 pontos percentuais abaixo do previsto no DEO (2,9%) e 2,2 pontos percentuais abaixo do previsto no Orçamento de Estado para este ano (3,5%).
O segundo orçamento retificativo para 2014 apresentado hoje pelo Governo revê o cenário macroeconómico, diminuindo a taxa de desemprego para 14,2% e cortando o crescimento económico para 1%, perante as previsões de abril que constam no DEO, alterações que permitem um impacto positivo nas contas públicas.
O objetivo de 4% de défice para este ano mantém-se uma garantia do Governo, excluindo o impacto que o conjunto de operações extraordinárias, como a criação do Novo Banco, pode ter nas contas públicas.
A revisão macroeconómica feita agora pelo Governo vai acomodar os 'chumbos' do Tribunal Constitucional de maio, como os cortes salariais acima dos 675 euros.
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