CDS afirma que Rectificativo se resume nas cinco palavras "não há aumento de impostos"

| Política
Porto Canal / Agências

Porto, 28 ago (Lusa) - O CDS-PP afirmou hoje que o orçamento retificativo anunciado pelo Governo se resume nas cinco palavras "não há aumento de impostos", contrapondo que "quem tem falhado muito ou quase sempre" nas previsões é a oposição.

O vice-presidente do grupo parlamentar do CDS-PP Hélder Amaral reagia assim aos jornalistas ao orçamento retificativo apresentado hoje pela ministra das Finanças, que contempla uma revisão do cenário macroeconómico para 2014 com impacto positivo nas contas públicas, como o ajustamento em baixa da taxa de desemprego e em alta do crescimento da economia.

"Eu diria que este orçamento retificativo se resume em cinco palavras: não há aumento de impostos. E isso é uma excelente notícia para as empresas, para as famílias e para a economia portuguesa", começou por dizer.

De acordo com Hélder Amaral, "este bom resultado da economia portuguesa é o que permitiu maior encaixe da receita fiscal e da receita contributiva, nomeadamente com a redução do desemprego", o que "permite cumprir as metas do défice e permite manter a credibilidade do país em relação aos seus credores".

Interrogado sobre se há derrapagem, o vice-presidente da bancada democrata-cristã rejeitou esta ideia, contrapondo que atualmente as previsões são melhores que as do orçamento anterior.

"Significa, como diz a senhora ministra e bem, que estamos perante muitas incertezas e essas incertezas tornam difícil qualquer previsão. Quem tem falhado muito ou quase sempre é a oposição nas suas previsões", referiu.

Hélder Amaral espera que continue assim: "A oposição a falhar previsões e o Governo muito próximo daquelas que são as realidades de um conjunto de instituições que têm feito previsões muito parecidas e muito em linha com as que faz o Governo".

O deputado centrista destacou ainda, relativamente aos dados macroeconómicos deste orçamento retificativo, os dados do desemprego.

"É bom que os portugueses lembrem que nós partimos dos 18% de desemprego e estamos com uma previsão de 14,2%. Ainda é muito, ainda é preocupante mas é um resultado excelente", sublinhou.

Hélder Amaral evidenciou ainda que "os dados indicam que a economia continuará a crescer" considerando por isso que "o país e os portugueses fizeram sacrifícios que valeram a pena" e que "o percurso até aqui foi correto".

"É preciso é manter esta mesma trajetória e reforçar, obviamente, a proteção à economia", antecipou.

As previsões mais recentes do Governo, definidas em abril no Documento de Estratégia Orçamental (DEO), davam conta de uma taxa de desemprego de 15,4% e de um crescimento de 1,2% do PIB este ano. Perante estes números, a segunda proposta de alteração do Orçamento de Estado revê em baixa tanto a taxa de desemprego, para 14,2%, como o crescimento da economia para 1%.

No entanto, quando se comparam os números hoje divulgados com o Orçamento do Estado para 2014, apresentado em outubro de 2013, a taxa de desemprego é revista em baixa (de 17,7% para 14,2%), mas o crescimento económico é revisto em alta (de 0,8% para 1%). E é destas revisões que resultam as melhorias para a execução orçamental.

JF (SP) // SMA

Lusa/fim

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