INE revê em alta crescimento do PIB no 2.º trimestre para 0,9%

| Economia
Porto Canal

O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em alta o crescimento da economia portuguesa no segundo trimestre deste ano, que aumentou 0,9% do PIB face a igual período de 2013, com o novo Sistema Europeu de Contas (SEC2010).

Em meados de agosto, na primeira estimativa divulgada pelo INE, ainda no anterior Sistema Europeu de Contas (SEC1995), a previsão era de que a economia portuguesa tinha crescido 0,8% no segundo trimestre face a igual período do ano passado.

A revisão em alta da economia em termos homólogos no segundo trimestre (de 0,8% para 0,9%) contrasta com uma quebra para metade, no mesmo período, do crescimento registado em cadeia: na anterior estimativa do INE previa-se um crescimento de 0,6% no segundo trimestre do ano face ao primeiro, que agora é revisto para apenas 0,3%.

Com divulgação da atualização dos resultados trimestrais da taxa de evolução do PIB desde 1995 até ao segundo trimestre de 2014, segundo os parâmetros estatísticos do SEC2010, o INE reviu em alta o crescimento do PIB em 0,1 pontos percentuais no segundo trimestre, em termos homólogos, face à primeira estimativa.

"No segundo trimestre de 2014, o PIB registou uma variação homóloga de 0,9% em termos reais, o que compara com a taxa de 1% observada no trimestre precedente", lê-se no destaque divulgado pelo INE.

O sistema de contas anteriores dava conta de um crescimento superior do PIB no primeiro trimestre, de 1,3%.

Já "comparativamente ao primeiro trimestre deste ano, o PIB aumentou 0,3% no segundo trimestre de 2014 (variação negativa de 0,5% no primeiro trimestre), em termos reais, devido sobretudo ao aumento das exportações de bens e serviços", indica o INE.

Na primeira estimativa do Instituto, de meados de agosto, o crescimento previsto em cadeia era de -0,6% e de 0,6% respetivamente no primeiro e segundo trimestre de 2014.

Em termos homólogos, o INE descreve que a procura interna desacelerou no segundo trimestre, contribuindo 1,8 pontos percentuais para o PIB (quando no primeiro contribuiu 3,3 pontos percentuais), "devido principalmente ao abrandamento do investimento". Já a procura externa registou um contributo negativo "menos expressivo" para a variação do PIB, passando de -2,3 pontos percentuais no primeiro trimestre para -0,9 pontos no segundo.

Assim, no conjunto dos primeiros seis meses do ano, a economia está a crescer 0,9% face ao anterior, 0,1 pontos percentuais abaixo da meta fixada pelo Governo no último orçamento retificativo.

Esta revisão hoje divulgada deve-se principalmente às alterações metodológicas introduzidas pelo SEC2010, que reavaliaram o PIB de 2011, o ano base, é em mais 5.080 milhões de euros, ou seja, mais 2,9% do que o apurado no anterior ano base, 2006.

O PIB desse ano passa a ser 176,2 mil milhões de euros. O instituto deu conta também de que o aumento médio do PIB entre 1995 e 2011 foi de 2,2%.

Entre as alterações metodológicas está a reclassificação das despesas de investigação e desenvolvimento (I&D) como investimento, das despesas com equipamento militar como investimento e à delimitação dos setores institucionais, que fazem com que algumas empresas públicas passem a ser classificadas dentro do perímetro das administrações públicas, como é o caso da Parpública, da Sagestamo e da Gestamo, por exemplo.

O SEC2010 prevê ainda a inclusão explícita das atividades ilegais (como a prostituição, o tráfico de droga e o contrabando) no PIB.

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