Gaza, Palestina, 23 ago (Lusa) -- As forças israelitas bombardearam hoje vários edifícios na Faixa de Gaza, matando pelo menos uma dezenas de civis palestinianos, na maioria mulheres e crianças, e destruindo um dos prédios mais altos do território palestiniano.

Numa altura em que o Egito voltou a apelar às partes para que regressem às conversações, depois de uma primeira tentativa falhada, na terça-feira, Israel anunciou ter levado a cabo 55 ataques aéreos contra Gaza, ao mesmo tempo que contabilizou 64 mísseis e morteiros lançados contra si a partir do território palestiniano, e disse ter intercetado outros 14, um dos quais sobre Telavive.

Entre os edifícios hoje bombardeados por Israel está um dos mais altos e luxuosos complexos residenciais da Faixa de Gaza, com mais de dez andares.

De acordo com as agências internacionais, os moradores receberam aviso prévio para saírem do edifício, o que não evitou ferimentos em pelo menos 17 pessoas.

Segundo uma porta-voz do exército israelita, o ataque destinou-se a destruir uma sala de operações do movimento extremista Hamas, alegadamente instalada no edifício, reduzido a escombros com dois mísseis.

As forças israelitas lançaram avisos, por várias formas, de que "todas as casas que estejam a albergar atividade militante serão abatidas" e pedindo aos civis palestinianos que se afastem dos "terroristas" do movimento que governa a Faixa de Gaza.

Israel garante que não vai baixar a guarda enquanto a segurança dos seus cidadãos estiver em causa, já o Hamas insiste que, antes de uma trégua, o bloqueio israelita à Palestina tem de acabar.

Desde 8 de julho, quando a violência entre os dois vizinhos assumiu maior violência, pelo menos 2.103 palestinianos e 68 israelitas morreram, quase todos civis.

Segundo as Nações Unidas, 70 por cento dos palestinianos mortos no conflito são civis e mais de 250 mil pessoas foram forçadas a deixar as suas causas na sequência dos confrontos.

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