Estudantes da UPorto voltam a exigir corte de relações com Israel

Estudantes da UPorto voltam a exigir corte de relações com Israel
| Porto
Porto Canal/ Agências

Um grupo de estudantes da Universidade do Porto (UPorto) voltou este sábado a exigir à academia que não tenha relacionamento com o Estado de Israel nem com empresas e instituições israelitas.

Num comunicado, o movimento Estudantes do Porto em Defesa da Palestina apelou à UPorto que “promova o corte imediato das suas relações com instituições israelitas [e] condene o genocídio em curso na Palestina”.

O grupo pediu ainda que a UPorto “reconheça o direito do povo palestiniano à sua autodeterminação e ao retorno” e utilize a sua “influência para pressionar a CMP [Câmara Municipal do Porto] e o governo português a romper os laços diplomáticos com Israel”.

O comunicado surgiu horas depois de manifestantes pró-Palestina terem interrompido um debate com a presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Nádia Calviño, organizado pela UPorto na sexta-feira, questionando financiamentos do banco a Israel e gritando palavras de ordem.

Uma das jovens, que se identificou como estudante da UPorto, questionou a presidente do BEI sobre potenciais financiamentos a Israel, tendo depois gritado, em conjunto com outros jovens, “Free Palestine” (libertem a Palestina) por diversas vezes.

Os jovens exibiram ainda cartazes, sendo que num deles lia-se que “a mão invisível do genocídio tem a impressão digital do BEI”.

Os manifestantes foram retirados pela segurança da Faculdade de Economia da UPorto, onde decorria o debate.

No comunicado, o movimento Estudantes do Porto em Defesa da Palestina recordou que o BEI mantém atualmente 32 projetos de investimento em Israel, num valor acumulado de três mil milhões de euros desde 1981.

“Os investimentos realizados pelo BEI constituem uma contribuição ativa para a limpeza étnica em curso na Palestina”, disse o grupo.

O movimento deu como exemplo o financiamento, no valor de “centenas de milhões de euros” a empresas israelitas “que promovem a dessalinização de recursos hídricos palestinianos”.

“O acesso a estes recursos é depois garantido pela pertença a um determinado grupo étnico, num regime de segregação racial conhecido como apartheid”, sublinhou o comunicado.

O resultado, disse o grupo, é que a população da Faixa de Gaza tem acesso a apenas “dois/três litros” de água potável por dia, longe da recomendação da Organização Mundial de Saúde, “criando assim sucessivas crises humanitárias”.

“A comunidade académica e estudantil, assim como diversos movimentos da sociedade civil, repudiam estas ligações, estabelecidas entre o projeto europeu e o genocídio perpetrado por Israel”, concluiu o movimento.

Na quarta-feira, um grupo de 65 docentes e investigadores da UPorto exigiram à academia que não tenha relacionamento com o Estado de Israel nem com empresas e instituições israelitas envolvidas na guerra contra o povo palestiniano.

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