Jovem violado por ‘No Name Boys’ revela detalhes em julgamento
Porto Canal
O julgamento de 13 elementos dos ‘No Name Boys’ que arrancou em final de fevereiro, no Campus da Justiça em Lisboa, encontra-se na reta final.
De acordo com o Correio da Manhã, que teve acesso ao processo, um dos objetivos dos agressores seria saber a morada dos amigos da vítima, que pertenciam à claque da Juve Leo.
“És tu que és amigo dos ‘lagartos’? Onde é que moram? Vão ser os próximos”, lê-se no depoimento da vítima, consultado pelo mesmo jornal.
A mesma fonte descreve que o rapaz de 16 anos violado por elementos da claque associado ao Benfica não conhecia os atacantes, que o obrigaram a dirigir-se para uma zona de mato após este ter negado, nem conseguiu identificá-los a todos.
“Ainda disseram que iam usar uma tocha, mas não tinham”, menciona o jovem, acrescentando que os atacantes, depois de o violarem, gozaram e deixaram-no no mato sozinho e em lágrimas.
Segundo o CM, os arguidos tinham um grupo na rede social Telegram que servia para preparar os ataques aos adeptos sportinguistas.
Oito dos adeptos benfiquistas estão em prisão preventiva, com os restantes cinco em liberdade, mas sob obrigação de se apresentarem diariamente na esquadra da área de residência. A par disso, também estão impedidos de entrar em recintos desportivos.
Recorde-se que o caso aconteceu em abril de 2022, quando os arguidos, após um jogo de futebol, levaram o rapaz para a parte de trás de uma rulote de hambúrgueres, por ter fotografado a bancada onde estavam as claques e partilhado nas redes sociais. Além das imagens, os arguidos terão também referido que não aceitavam que o rapaz tivesse amigos do Sporting, tendo molestado sexualmente, ameaçado, agredido e roubado o rapaz.