Peões já circulam na passagem pedonal no Apeadeiro da Aguda, em Gaia
Catarina Cunha
Mais de um ano e meio depois da construção da estrutura, a passagem superior de peões no Apeadeiro da Aguda, em Vila Nova de Gaia, entrou em funcionamento esta quarta-feira para surpresa dos moradores da zona.
Em comunicado enviado às redações, a Infraestruturas de Portugal (IP) destacou que a nova estrutura sobre a Linha do Norte, entre Espinho e as Devesas, apresenta todas as “condições de segurança e comodidade para os utilizadores do transporte ferroviário”.
A infraestrutura é dotada de elevadores, de modo a assegurar “as melhores condições de acesso para pessoas com mobilidade reduzida”, acrescenta a entidade. Para os residentes, a melhor opção seria passagens inferiores pedonais.
“Não vale nada, as escadas são altíssimas e a entrada é longa”, reclama a habitante Glória Martins, que atravessa a estrutura pelo menos duas vezes por dia.
Carla Almeida, frequentadora da zona, também crítica as acessibilidades da passagem pedonal. “Eu até sou nova, mas imagino as pessoas de idade, porque os elevadores estão a funcionar, mas vão deixar de trabalhar e é muito mais cansativo subir e descer as escadas”.
Ver esta publicação no Instagram
Na vizinha Estação de Comboios da Granja, a passagem superior de peões, que também foi construída há cerca de um ano e meio, continua interditada, não deixando grande opção para os peões que precisam de passar para o outro lado da linha.
Segundo informação avançada pela IP ao Jornal de Notícias, a estrutura vai abrir ao público no verão do presente ano. A entidade justificou à mesma fonte que a conclusão dos trabalhos “tem sido prejudicada por atrasos do empreiteiro”.
Recorde-se que os atrasos nas obras no Apeadeiro da Aguda, mas também na Estação de Comboios de Granja motivou manifestações e críticas da população local e utilizadores dos comboios.
As obras entre Espinho e Vila Nova de Gaia ao abrigo do programa Ferrovia 2020 conta com um orçamento de 55.3 milhões de euros e arrancou em julho de 2020. A conclusão da intervenção está prevista para o segundo trimestre do presente ano, segundo adiantou a IP à agência Lusa.