IEFP não devolveu os terrenos do CACE à Câmara do Porto. “Andam a dar-nos tanga” acusa Moreira

IEFP não devolveu os terrenos do CACE à Câmara do Porto. “Andam a dar-nos tanga” acusa Moreira
| Porto
Ana Francisca Gomes

Já está tudo pronto para que a Câmara possa avançar com o projeto do CACE Cultural do Porto, para onde está prevista a instalação da Extensão da Indústria do Museu da Cidade. Um pequeno grande pormenor tem impedido o início dos trabalhos: o IEFP ainda não cessou os contratos com as empresas instaladas no espaço e não devolveu os terrenos à autarquia. Rui Moreira admite apresentar queixa ao DIAP [Departamentos de Investigação e Ação Penal].

“Andam dar-nos ‘tanga’, não há outra expressão. E eu confesso que não gosto muito que me dêem ‘tanga’, mesmo na altura do Carnaval e não gosto especialmente depois da quarta-feira de cinzas”, declarou Rui Moreira sobre a atuação do IEFP no caso do CACE Cultural do Porto.

O presidente do município respondia ao deputado municipal Rui Sá, eleito pela CDU, que questionou sobre o avançar do projeto da Extensão da Indústria do Museu do Porto que chegou a estar previsto para o Matadouro, mas que mudou de destino para o CACE depois de um contratempo com o Tribunal de Contas.

“Aquilo estava cedido ao IEFP e aquilo que nós fizemos foi reclamar ao IEFP que nos devolvesse aquilo. Fomos tendo reuniões e disseram ‘que sim’, mas tem que nos entregar aquilo vazio. Porque o que acontece é que o IEFP fez um conjunto de contratos com algumas empresas que nada têm ver com o Instituto e há um conjunto de edifícios, nomeadamente um deles, que é preciso para o Museu da Indústria e que os senhores do IEFP emprestaram a terceiros”, contextualizou Rui Moreira, que acrescentou ainda que já notificaram “várias vezes” a Delegada Regional do Norte do IEFP, Carla Vale, para que lhes seja devolvido os terrenos vazios.

O autarca admitiu ainda que “provavelmente” o município terá que recorrer ao DIAP, uma vez que já está tudo pronto para avançar com o projeto para o CACE, mas que o IEFP não devolve os terrenos.

IEFP voltou a não notificar empresários para abandonarem instalações

Pela segunda vez, o Instituto do Emprego e Formação Profissional voltou a não notificar os empresários instalados no CACE, como avançou o Porto Canal. Sem respostas, os empresários sentem-se “deixados na mão” e muitos já encontraram novas lojas.

A primeira “bomba” caiu entre janeiro e fevereiro de 2023, quando o instituto informou pela primeira vez, em reuniões informais, que os vários negócios deveriam abandonar os espaços até 31 de maio do mesmo ano, apesar de terem contratos de arrendamento ainda a decorrer. Chegada a data de saída: nada. Os trabalhadores garantiram à época que não tinham recebido qualquer notificação oficial. Mais tarde, o IEFP avançou ao Porto Canal que, afinal, os espaços só tinham de ser abandonados até 31 de dezembro. Mas mais uma vez: nada.

No CACE, as lojas já estão quase todas vazias. À exceção do Teatro Experimental do Porto (TEP) e a CRL - Central Elétrica (também conhecida como Circolando), que têm autorização camarária para permanecerem no espaço, apenas três lojas mantêm porta aberta: a LightBox, a MOYO e Atelier de Percussão do Porto.

+ notícias: Porto

Burger King abre segunda-feira no lugar do emblemático Café Embaixador 

O novo restaurante da cadeia Burger King, previsto para o lugar do Café Embaixador, na baixa do Porto, vai abrir portas às 11h30 da próxima segunda-feira, informou a empresa ao Porto Canal.

Operação Natal da Metro do Porto começa a 30 de novembro

A operação no metro do Porto será reforçada a partir de 30 de novembro, dia em que na avenida dos Aliados ocorrerá a cerimónia de inauguração das luzes e da árvore de natal, seguida do concerto do cantor Fernando Daniel.

Encontrada terceira vítima mortal nos escombros de pensão que ardeu no Porto

Os restos mortais de uma terceira vítima do incêndio que destruiu uma pensão no Porto foram encontrados ao final da noite de sábado, confirmou à Lusa fonte dos Bombeiros Sapadores do Porto.