Ainda não há solução para evitar o corte da circulação do elétrico na margem do Porto
João Nogueira
A circulação do elétrico pela Rua do Ouro, na margem do Porto, poderá estar comprometida com a construção da nova ponte Ferreirinha, da Linha Rubi de metro. Neste momento continua a ser “estudada uma solução” para que tal não aconteça, referiu Cristina Pimentel, presidente do Conselho de Administração da STCP.
A preocupação já tinha sido manifestada em janeiro pelo vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, após reunião do executivo. Naquela data, o autarca explicou que o problema estava associado com a catenária do elétrico.
“Há uma única questão que está a ser estudada neste momento: será um período de três meses, que está relacionado com a catenária da linha do elétrico. Ou seja, na própria construção do suporte à estrutura que permitirá a betonagem da ponte, haverá uma aproximação entre a catenária e essa estrutura. Estão a estudar formas de ela ser desviada”, declarou Filipe Araújo na altura.
A solução para o problema parece não ter sido ainda encontrada, com estudos a serem feitos para evitar um corte que, segundo o Porto Canal apurou, não é do interesse da STCP ou da Câmara do Porto.
Aumento do preço dos bilhetes
A presidente do Conselho de Administração da STCP, Cristina Pimentel, disse ainda ser “natural” a subida do preço dos bilhetes do elétrico, que vai a discussão na reunião da Câmara do Porto da próxima segunda-feira. A responsável lembrou as limitações na circulação daquela rede devido às obras do metro.
“A rede de carro elétrico é muito reduzida e está limitada, neste momento, por causa das obras da Metro do Porto, a metade. Tem que existir um fator moderador da procura porque não temos capacidade de aumentar uma rede que está reduzia a metade e continuamos a ter uma procura bastante substancial”.
Cristina Pimentel acrescentou ainda que não há qualquer aumento desde 2022. O acréscimo ao preço do título será de um euro, ou seja, um bilhete de uma viagem passa de 5 para 6 euros.