Ventos de mudança no STOP? Estrutura da administração sofre alterações
João Nogueira e Ana Francisca Gomes
Ao invés de apenas um administrador, o Centro Comercial Stop vai passar a ser gerido por três representantes dos proprietários das várias frações e por um administrador “com competências técnicas e experiência comprovadas em gestão e administração financeira”. A Mesa da Assembleia de Condomínio não avança, contudo, com qualquer nome.
A decisão foi votada esta terça-feira, no Auditório CCOP, na Rua do Duque de Loulé, onde decorreu a reunião ordinária anual da Assembleia de Condomínio do STOP.
Com o administrador Ferreira da Silva a caducar as suas funções, foi nomeada a administração para o próximo biénio. Segundo comunicado enviado ao Porto Canal, estiveram representados 60% dos proprietários que aprovaram, “por larga maioria”, uma proposta apresentada para que a estrutura da administração para o biénio 2024/2025 tenha uma “composição colegial”.
A Mesa da Assembleia não avançou, contudo, com qualquer nome.
“Esta nova representação dos Condóminos apresentou um plano de atividades que visa a conservação da sustentabilidade do CC STOP, não descuidando nem a segurança nem a salubridade, bem como a reposição do equilíbrio financeiro”, pode ler-se.
A Mesa da Assembleia de Condomínio esclareceu ainda que tem mantido com a Câmara Municipal do Porto um “estreito diálogo” para que seja resolvido o impasse técnico jurídico que obriga a que o edifício tenha uso condicionado. “Para ultrapassar a situação estão a decorrer diversas obras no edifício, que foram sinalizadas como necessidades urgentes para dar resposta às ações de mitigação dos pontos de inconformidade, refletidos no Relatório da ANEPC [Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil]”.
Manifestação marcada para esta terça-feira
Enquanto decorria a assembleia, e tal como foi noticiado pela comunicação social, estava marcada uma manifestação dos músicos do STOP, por meio de uma publicação da página ‘stopmanifesta’ na rede social Instagram.
Mas à chegada ao local, a surpresa foi maior quando se percebeu que a manifestação tinha sido marcada a título individual pela própria fundadora da conta, Mafalda Ribeiro.
Com apenas uma pessoa presente, a responsável declarou que não se sentia defraudada por estar sozinha a reivindicar em frente ao auditório e que era um ato de dignificação da transparência que as cerca de sete mil pessoas solicitaram ao assinar a petição que a mesma criou.
“A maior parte dos músicos não está em caixinha nenhuma e não pertence às associações. Exigimos saber mais ao detalhe sobre o que se fala nas assembleias”, considerou Mafalda Ribeiro.
Mesmo antes do arranque da assembleia e da manifestação, vários músicos manifestaram pelas redes sociais que não estavam associados àquela ação. A própria Alma STOP comunicou pelas redes sociais que não ia estar no local e que preferia aguardar pelos desenvolvimentos a ser tratados pelo condomínio.