Aquecedor, ar condicionado ou termoventilador. Qual a melhor opção para aquecer a casa?
Porto Canal
Num dos países com maior nível de pobreza energética da Europa - onde 18% da sua população admite não ter capacidade de aquecer as suas habitações no inverno - as temperaturas mínimas constituem um novo desafio para milhares de portugueses: como aquecer o interior da casa?
O desconforto térmico pode ser colmatado com bebidas quentes (chá ou café) e mantas térmicas, mas o comportamento mais comum é recorrer aos equipamentos elétricos, seja o caso do aquecedor ou ar-condicionado. Esta é, no entanto, uma opção que traz impactos consideráveis na fatura de eletricidade ao fim do mês.
De acordo com as estimativas da Selectra, citada pelo jornal ECO, aquecer o interior de uma habitação durante uma hora ao longo de um mês traduz-se num aumento na fatura da eletricidade entre os três e os 12 euros.
Ar condicionado é o equipamento mais económico
Os dados da mesma entidade – responsável por comparar tarifas energéticas - estuda o caso para três cenários distintos: uma família sem filhos, uma com dois filhos e outra com quatro filhos. Se as três estiverem no mercado regulado com tarifa simples contratada, o termoventilador será sempre o equipamento mais caro na hora de aquecer a casa.
O recurso a este equipamento pode chegar aos nove euros mensais nas horas de baixo consumo energético numa habitação em que vivam três pessoas. No caso de uma residência composta por seis pessoas, o montante pode atingir os 35 euros.
Por sua vez, o ar condicionado é o utensílio mais económico. Tomando como exemplo uma família com quatro filhos, o valor a pagar varia entre os 14 euros e os 25 euros.
Já no mercado livre, há oscilações de preços para os três tipos de famílias (sem filhos, com dois filhos e quatro filhos).
Com o termoventilador como opção, o preço a pagar na fatura varia entre os dez euros e os 37 euros.
Neste regime, o ar condicionado continua a ser o equipamento mais em conta, com o aumento final a poder ser registado a partir dos 7 euros, chegando no máximo aos 27 euros.
Convém salientar que os valores a pagar variam conforme o perfil de consumidor, a tarifa contratada, a tipologia de equipamento e o regime. Em particular, nesta análise não foram incluídos os impostos, nem o montante de potência diária.