Ministério da Saúde nigeriano confirma 10.º caso de Ébola no país
Porto Canal
A Nigéria confirmou hoje um novo caso do Ébola em Lagos, a maior cidade do país e da África Ocidental, subindo para dez o número de casos da doença, informou o Ministério da Saúde nigeriano.
Este caso mais caso refere-se a uma enfermeira que entrou em contacto com o liberiano/norte-americano Patrick Sawyer, que morreu de febre hemorrágica num hospital de Lagos, a 25 de julho, de acordo com o ministro da Saúde nigeriano, Onyebuchi Chukwu.
O ministro disse a enfermeira estava atualmente em tratamento, enquanto o seu marido estava sob vigilância.
Além de Sawyer, outra enfermeira que teve contacto com o liberiano morreu na semana passada, enquanto outras sete pessoas haviam tido a confirmação de estarem infetadas pelo vírus do Ébola em Lagos. A Nigéria contabiliza, então, duas mortes pelo vírus do Ébola.
"O 10.º caso também é de uma enfermeira que teve contacto com o caso primário. Quando adoeceu (Sawyer), a profissional de saúde foi colocada em isolamento", indicou ainda o ministro.
"Entre sexta-feira e hoje, nós temos um caso adicional. O que eleva para 10, incluindo o caso primário (Sawyer)", afirmou Onyebuchi Chukwu.
A Organização Mundial da Saúde referiu, na sexta-feira, que há 13 casos prováveis de Ébola, incluindo duas mortes, na Nigéria.
O ministro não comentou a discrepâncias nos números.
O Ruanda anunciou hoje ter colocado em isolamento um estudante alemão, hospitalizado em Kigali, que apresentava sintomas da doença de Ébola, até serem conhecidos os resultados das análises efetuadas.
Este é o primeiro caso suspeito de Ébola no Ruanda desde o início da epidemia na África Ocidental.
A Costa do Marfim suspendeu hoje todos os voos da sua companhia aérea para e de países afetados pela epidemia de Ébola e proibiu todas as empresas de transportar passageiros destes países para Abidjan.
O surto de Ébola causou pelo menos 932 mortos em 1.700 casos suspeitos, desde o início do ano em quatro países da África Ocidental: Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.
Na sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde decretou a situação uma "emergência de saúde pública de alcance mundial".