Luz ao fundo do túnel. Novas carruagens da Metro do Porto entram em circulação "dentro de breves dias"
Fábio Lopes
Após uma derrapagem de sete meses no prazo para a entrada em circulação das novas carruagens da Metro do Porto, que, inicialmente, foi apontado para o mês de maio, a empresa assegura ao Porto Canal que os veículos vão começar a circular “dentro de breves dias”.
Os novos veículos vão operar a uma velocidade máxima de 80km/h e têm capacidade para 244 passageiros, dos quais 64 sentados, incluindo ainda um sistema de vigilância exterior que permite ao condutor verificar se os passageiros não circulam em sítios menos aconselháveis.
O reforço da frota que, no futuro, poderá ajudar a servir a extensão da linha amarela e as novas linhas Rosa e Rubi, obrigou a um investimento de 49,6 milhões de euros, financiados pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência do Uso de Recursos (POSEUR) e pelo Fundo Ambiental.
Com a entrada em circulação das 18 novas composições, que atingem os 80km/h, a Linha Amarela, entre o Hospital de São João e Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia, será a mais reforçada com a circulação de “12 veículos por hora em cada sentido, em hora de ponta”. Em fevereiro deste ano, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, afirmava que as novas composições iriam operar em todas as linhas.
Assim, com a circulação de 12 veículos por hora podem ser esperadas composições a cada cinco minutos em cada sentido durante a hora de ponta.
Ver esta publicação no Instagram
Antes do arranque oficial, as carruagens passaram por um longo processo de testes, de forma a assegurar as normas de segurança.
Os novos veículos possuem diferenças técnicas que precisam de ser aprendidas e a formação teórica e prática foi dada a todos os 231 maquinistas da Metro do Porto.
Este investimento material foi acompanhado de um reforço humano, sendo que a empresa já havia sublinhado a necessidade de mais contratações para assegurar o aumento do número de veículos. Com as 18 novas carruagens compradas na China, a frota da empresa é agora de 120 composições.
Os 18 veículos (denominados CT), comprados à empresa chinesa CRRC Tangshan aguardam assim a entrada ao serviço, após o primeiro ter chegado a Portugal no final de 2022.
As novas carruagens serão assim uma importante resposta face ao “aumento exponencial” de procura na rede do Metro, que atingiu no mês de maio de 2023 aproximadamente 7,4 milhões de validações.
Ver esta publicação no Instagram