Embaixador de Israel em Portugal admite “preço a pagar” em vidas humanas e rejeita negociação

| Mundo
Inês Durães

Na guerra entre Israel e o Hamas, os custos medem-se em vidas de civis palestinianos e israelitas. Numa entrevista ao Porto Canal, o Embaixador de Israel em Portugal reconhece que as vítimas são o “preço a pagar”. “É por isso que não nos devemos sentar a contar corpos”, afirma Dor Shapira.

Deixa ainda claro que não há margem para negociação. “Podemo-nos sentar a conversar com uma organização terrorista? Para trazer a segurança de volta aos israelitas? Não me parece.”

Na sequência do ataque terrorista a Israel no passado dia 7 de outubro, o embaixador identifica quais as prioridades israelitas: “a primeira é recuperar a segurança dos israelitas; a segunda é destruir as capacidades do Hamas; e a terceira é trazer os reféns de volta.”

Uma guerra na qual a resposta israelita se traduziu em bombardeamentos à Faixa de Gaza, face aos ataques do Hamas a Israel. Para além dos milhares de civis dos dois países que perdem a vida diariamente, há ainda 200 reféns israelitas nas mãos do Hamas. “O que a ONU e outras organizações precisam de fazer agora é falar sobre os direitos humanos dos 200 reféns. Lembro a todos que nós não começamos esta guerra. Não é uma guerra começada por Israel. A guerra foi começada por uma organização terrorista. Por isso, se querem ajudar, exijam a libertação dos reféns”, aponta o Embaixador de Israel em Portugal.

O conflito entre Israel e o Hamas não deixa ninguém indiferente e tem provocado manifestações pró-Israel e pró-Palestina, por todo o mundo. Para o embaixador, a participação em movimentos a favor da Palestina é incompreensível. “Acho que estão enganados, que são hipócritas”, acusa Dor Shapira.

Lembra ainda que uma organização terrorista como o Hamas não tem fronteiras. “Podem fazer ataques terroristas em Manhattan, em Paris, em Madrid ou em Londres. Podem fazê-los no Porto ou em Lisboa”, alerta.

Questionado sobre se a Rússia poderia estar envolvida na origem deste conflito de forma a desviar parte do apoio americano da Ucrânia para Israel, a resposta é curta: “primeiro, não sei; e segundo, de momento, não quero propriamente saber.”

Os desenvolvimentos do conflito são imprevisíveis, mas Dor Shapira está certo de que – se Israel vencer, os palestinianos sem também a ganhar. “Na verdade, se Israel vencer esta guerra será também para o bem e para o futuro da Palestina, em Gaza e em todo o lado.”

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.