Movimento pró-Palestina espera que "amanhã a Câmara do Porto coloque as cores da bandeiras da Palestina"

Movimento pró-Palestina espera que "amanhã a Câmara do Porto coloque as cores da bandeiras da Palestina"
| Porto
Pedro Benjamim

A Câmara do Porto iluminou a fachada do edifício com as cores da bandeira de Israel no início da noite desta terça-feira, o que juntou nas imediações várias dezenas de pessoas. José António Gomes, membro da direção do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), defende que a autarquia deveria iluminar o edifício com “as cores da bandeira da Palestina”.

“Espero que amanhã a Câmara do Porto coloque as cores da bandeira da Palestina”, afirma em declarações ao Porto Canal reiterando: “seria compreensível se amanhã essas cores fossem substituídas pelas da bandeira Palestina, porque a Palestina tem direito à sua existência e o seu povo neste momento está a ser massacrado”.

O membro da direção defende que “Israel não cumpre as resoluções das Nações Unidas e isso parece ser tolerado, muito facilmente, quer pela União Europeia, quer pelos Estados Unidos da América, quer por outros países”.

No entanto, José António Gomes afirma que “a ação do Hamas não é uma ação, no abstrato, aceitável, no concreto também não é, mas é tão grave quanto a ação de Israel neste momento em Gaza, porque se os israelitas têm o direito de se defender os palestinos também têm o direito de se defender”.

De acordo com um oficial militar de Israel o número de mortos israelitas na sequência da ofensiva surpresa do grupo islâmico palestiniano Hamas, iniciada no passado fim de semana, ultrapassou os 1000. Do lado palestino há já 900 mortos, refere o ministério da Saúde de Gaza.

José António Gomes, aponta que “o MPPM defende a coexistência dos dois estados: a Palestina e Israel”, apontando que a resolução do conflito passa pela intervenção humanitária.

“A menos que haja intervenção humanitária forte da parte das Nações Unidas e da parte de países poderosos eu não sei o que vai acontecer ao povo palestino em Gaza, mas acho que lhe vai acontecer o pior, que é uma coisa que Israel já procura desde 1948 que é uma limpeza étnica daquele território”, defende em declarações ao Porto Canal.

O MPPM, em comunicado, escreve que “a paz no Médio Oriente e a solução da questão palestina passam necessariamente por um desenlace que respeite os direitos inalienáveis do povo palestino a uma pátria livre e independente, incluindo o direito de regresso dos refugiados”, referindo que os recentes ataques do Hamas, com a “Operação Dilúvio Al-Aqsa”, são “uma resposta à profanação da Mesquita de Al-Aqsa e ao aumento da violência dos colonos”.

O MPPM tem agendada para o Porto uma ação de solidariedade com o povo palestino, para dia 18 de outubro na Praceta da Palestina, junto da Rua Fernandes Tomás, no Porto.

Já esta quarta-feira, em conjunto com a CGTP-IN e o Conselho Português para a Paz e Cooperação há um ato público de solidariedade com o povo palestino “pelo seu direito de resistir à ocupação”. O evento será na Praça do Martim Moniz, em Lisboa, com início para as 18h00.

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