O primeiro cão a assinar contrato de trabalho é da freguesia de Baguim do Monte, em Gondomar

O primeiro cão a assinar contrato de trabalho é da freguesia de Baguim do Monte, em Gondomar
| Porto
Porto Canal/Agências

A história, segundo Francisco Laranjeira, começou há cerca de um mês quando "a dona, que tinha sido despejada, foi à junta pedir ajuda para o cão, pois o novo senhorio não aceita animais".

 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 

Uma publicação partilhada por Porto Canal (@porto.canal)

 

Com apenas 3 anos, Boris "encantou de imediato as funcionárias da junta" que pediram ao autarca para ficar com o animal. Ainda assim, a primeira opção foi colocá-lo para adoção nas redes sociais da autarquia. Apesar das "muitas interações, não apareceu ninguém interessado", contou.

"Ficámos com o cão nas mãos, acabando as funcionárias por o acolher, nas suas casas, à noite e ao fim do dia", continuou Francisco Laranjeira, revelando que desde então o Boris, que passou a ter também Baguim no nome, "no horário de expediente anda pela secretária, a interagir com funcionários e fregueses".

O executivo decidiu, então, ir mais longe, e publicou nas redes sociais um contrato de trabalho/prestação de serviços por tempo indeterminado assinado com o animal.

Porto Canal

Francisco Laranjeira explicou o que rotula de "brincadeira séria": "porque hoje estamos cá e amanhã podemos não estar, fizemos um contrato com o cão, assinado por todo o executivo e por ele, que ficou em ata, que determina que o Boris Baguim é propriedade da junta e não o podem mandar embora".

Na fotografia publicada do contrato estão as assinaturas dos cinco membros do executivo da autarquia de Gondomar e também a pata do animal, como segundo outorgante.

O contrato foi assinado a 4 de setembro, mas com início a 8 de agosto, durando o "tempo de vida do segundo outorgante", lê-se no documento, que determina como funções ao animal "guardar e zelar pelos bens da junta, dar amor e carinho a todos os funcionários e seus fregueses".

No "período de trabalho de 365 dias", continua o contrato, o Boris Baguim, "pelos serviços prestados auferirá assistência veterinária, alimentação, diversão, amor e carinho".

"A despesa não nos preocupa, pois, desde as vacinas à lavagem e acompanhamento do veterinário foi tudo despesa prevista no programa de apoio aos animais da junta de freguesia", explicou.

No novo dia a dia, contou o autarca, quem vai à junta "fica contente com a presença do animal e fazem-lhe festas", sendo que os episódios de agrado continuam a repetir-se sob a forma de ofertas: "depois há pessoas que voltam à secretaria para levar biscoitos e comida para o cão".

Expressando o desejo de que o acolhimento feito em Baguim seja "um exemplo para que outras autarquias possam fazer o mesmo", Francisco Laranjeira admite, no entanto, que ainda "nem tudo está bem com o animal".

"O cão deve ter sido maltratado e está um pouco assustado. Por exemplo, se ele estiver sozinho comigo não come, mas se estiver com as funcionárias mostra-se muito mais à vontade", contou.

+ notícias: Porto

Câmara de Matosinhos implementa inteligência artificial no atendimento

A Câmara Municipal de Matosinhos apresentou esta terça-feira a Maria, a primeira assistente virtual com recurso a inteligência artificial num 'site' autárquico em Portugal, adiantou hoje este município do distrito do Porto.

Trabalhadores denunciam "contratos precários" em equipamentos culturais do Porto

Trabalhadores da empresa municipal Ágora - Cultura e Desporto do Porto denunciaram "contratos precários" em equipamentos do município e reivindicaram melhores condições de trabalho, avançou esta terça-feira o Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE).

Incêndio em colégio no Porto já está extinto

O incêndio que deflagrou ao início da tarde de deste domingo no Colégio Flori, no Porto, "já está extinto" e em fase de rescaldo e ventilação, adiantaram ao Porto Canal as autoridades.