93% dos contratos da Jornada Mundial da Juventude são ajustes diretos 

JMJ Lisboa
| País
Porto Canal/Agências

Na Jornada Mundial da Juventude, sabe-se, para já, que o investimento público cobriu 41,2 milhões de euros. Desses, 22,6 milhões foram gastos em ajustes diretos, o que corresponde a 93% dos contratos.

De acordo com o Jornal de Notícias, os investimentos dividem-se em 251 contratos, dos quais só 18 foram adjudicados por concurso público.

O mesmo jornal relembra que a existência de ajustes diretos de milhões de euros só é legal na JMJ, porque o Governo assim o definiu através de uma exceção introduzida nas leis dos orçamentos do Estado para 2022 e 2023.

A ONG “Transparência Internacional” em Portugal mostra-se preocupada com o volume de ajustes diretos, sobretudo por terem ocorrido na área da contratação pública. Ao JN, a diretora da Organização Não Governamental explica que este regime “é muito pouco transparente e não é competitivo”e que pode até aumentar de forma exponencial "os riscos de “corrupção e de infrações conexas como conflitos de interesses, favorecimento e clientelismo”.

Alguns dos contratos por ajuste direto estão relacionados com as despesas com o altar-palco que totalizam, até ao momento, 5,4 milhões de euros.

Segundo o Jornal de Notícias, a JMJ investiu mais de 1 milhão de euros para criar condições para os cerca de 5000 jornalistas de mais de 100 países, sendo que a TVI foi o único órgão de comunicação que recebeu dinheiro para promover o evento, num total de 95 mil euros da Câmara de Lisboa por ajuste direto.

A higiene e sanitários também pesaram nas contas. O mesmo aconteceu com os brindes, como t-shirts e recordações. Ambas as áreas envolveram também contratos por ajuste direto.

Entre muitos outros gastos, Vila do Conde, por exemplo, investiu 14 500 euros em 80 mil flores que, mais tarde, foram utilizadas por voluntários, em Lisboa, para a construção de um tapete.

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