Sindicato diz que há 160 professores impedidos de trabalhar no próximo ano

Sindicato diz que há 160 professores impedidos de trabalhar no próximo ano
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Porto Canal/Agências

A Federação Nacional da Educação (FNE) diz que há 160 professores que tinham de vincular este ano e concorreram para todo o país, mas não ficaram colocados e estão impedidos de dar aulas no próximo ano letivo.

A FNE fez chegar esta sexta-feira ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) um “apelo urgente em que alerta" para a situação de aproximadamente 160 professores que este ano teriam de passar a integrar os quadros, por já terem acumulado três contratos anuais e consecutivos.

Estes professores "não conseguiram obter colocação, mesmo tendo concorrido a todas as vagas disponíveis nos 63 Quadros de Zona Pedagógica e a um número significativo de escolas”, refere a FNE em comunicado enviado para as redações.

A federação lembra que estes docentes tinham “experiência e a qualificação necessárias” mas irão ficar sem lecionar no próximo ano letivo, num momento “em que as escolas sentem uma grande falta de professores”.

A FNE baseia-se na resposta que recebeu dos Serviços de Concursos e Informática, que confirma que estes professores ficaram sem colocação "em resultado das preferências por si manifestadas" e passaram a ficar "impedidos de, no ano escolar 2024/2025, celebrar novo contrato”.

A FNE pede por isso à tutela que “seja criado um mecanismo excecional”, que permita a estes docentes ficar numa escola, quer através da Reserva de Recrutamento ou que sejam vinculados a um Quadro de Zona Pedagógica (o país está divido em 63 zonas conhecidas como QZP).

“Desta forma, seria evitada uma situação injusta e seria garantido que as nossas escolas pudessem beneficiar das competências destes professores”, defende a FNE.

O pedido surge um dia após os sindicatos terem estado reunidos com a equipa do Ministério da Educação para discutir o plano lançado pela tutela para combater a falta de professores e reduzir o número de alunos em aulas: O plano quer reduzir em 90% o número de alunos sem aulas no final do 1.º período em relação aos valores registados antes das férias do natal do ano passado.

Os sindicatos duvidam que o plano consiga resolver o problema, tendo alertado para a sua continuidade, que entendem que só se resolverá com medidas de fundo que valorizem a carreira e consigam atrair os mais jovens ou os que entretanto abandonaram a profissão.

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