Um milhar de pessoas desfilou e gritou no Porto pelo regresso dos músicos ao Stop

Um milhar de pessoas desfilou e gritou no Porto pelo regresso dos músicos ao Stop
Foto: Ana Francisca Gomes | PortoCanal
| Porto
Porto Canal / Agências

Cerca de mil pessoas desfilaram esta segunda-feira no Porto exigindo o regresso dos músicos desalojados ao Centro Comercial Stop, numa caminhada cumprida sob o mote “o Stop é nosso e há de ser”, reclamando a importância daquele polo cultural.

A insatisfação em torno do sucedido na terça-feira da semana passada, com a selagem de mais de uma centena de lojas no Stop, um centro comercial com cerca de 40 anos, que a Câmara do Porto entende ser perigoso de frequentar e trabalhar devido à falta de segurança, ganhou esta segunda-feira a força dos números nas ruas do Porto.

Depois de a meio da tarde cerca de 200 pessoas se terem concentrado diante dos Paços do Concelho para “chamar a atenção para a importância do polo cultural” que dizem ser o antigo centro comercial, o final da tarde trouxe mais gente para a anunciada caminhada, prevista para começar pelas 19h30.

A essa hora cerca de 500 pessoas começaram a descer a Avenida dos Aliados, mas o número começou a crescer logo que iniciaram a subida da Rua de Passos Manuel, chegando à Praça dos Poveiros com a expressão do protesto no dobro.

Num desfile sempre com os bombos a debitar decibéis e com as gargantas a gritar “o Stop é nosso e há de ser”, a pequena multidão foi crescendo.

Por esse trajeto foi possível ver, em postes, paredes e árvores que Rui Moreira não passaria impune no desfile, havendo quem tivesse colado numa parede uma foto do presidente da Câmara do Porto e um vernáculo aludindo ao que entendia como falta de coragem do autarca portuense.

Já na Avenida Rodrigues de Freitas foi possível ler outras 'indiretas' ao autarca, num cartaz onde estava escrito “- turistas + artistas” ou “deixa-nos con ‘c’ ertar” ou noutro, igualmente com a cara do autarca, com a frase “não queremos côdeas”.

Já com o centro comercial à vista, numa parede outra frase alguém escreveu “o Stop não morrerá”, o mesmo espaço onde, cerca de 100 metros à frente, muitos dos que se encontravam no desfile fizeram questão de entrar, triunfais. Eram 20h55 e acabava ali uma manifestação que durava desde as 15h00.

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