Assembleia geral do BES marcada para dia 31 de Julho foi desconvocada

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Porto Canal / Agências

A Assembleia-Geral Extraordinária do Banco Espírito Santo (BES), agendada para 31 de julho, foi desconvocada a pedido dos dois maiores acionistas, o Espírito Santo Financial Group (ESFG) e o Crédit Agricole, segundo um documento enviado à CMVM.

Esta reunião magna de acionistas tinha sido convocada inicialmente pelo ESFG, o principal acionista do BES com 20,1% do capital do banco, a 7 de julho, tendo a mesma entidade apresentado um aditamento a 14 de julho, data em que o segundo maior acionista, o francês Crédit Agricole, com quase 15%, também apresentou uma proposta no mesmo aditamento.

"Acabam os referidos acionistas de solicitar a desconvocação daquela assembleia, dando-se sem efeito as propostas formuladas", lê-se no comunicado disponível hoje na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

"O ESFG invoca os 'factos supervenientes e inesperados' entretanto ocorridos, entre os quais, a apresentação dessa sociedade a um pedido de gestão controlada no Luxemburgo. Por seu turno, o Crédit Agricole dá o seu acordo ao pedido de desconvocação formulado pelo ESFG, pedindo que seja retirada a proposta por si apresentada", de acordo com o documento enviado pelo BES ao supervisor.

"Esta solicitação implica que se dê sem efeito a totalidade das propostas formuladas, esvaziando consequentemente de conteúdo a reunião da Assembleia Geral prevista para o dia 31 do corrente" mês, salientou o comunicado assinado pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral do BES, Paulo de Pitta e Cunha.

O responsável admitiu que o órgão social que lidera está "ciente da complexidade das circunstâncias que levaram a esta mudança de posição dos dois acionistas proponentes, e lamentando o incómodo que desta mudança, tomada nas vésperas da data marcada, possa advir para os demais acionistas, vem assim, comunicar a desconvocação da Assembleia-Geral Extraordinária".

A reunião magna estava agendada para a próxima quinta-feira, às 10:00, no Hotel Altis, em Lisboa.

O anúncio da desconvocatória da Assembleia-Geral acontece no mesmo dia em que o Tribunal de Comércio do Luxemburgo aceitou colocar a Rio Forte e o ESFG, 'holdings' do Grupo Espírito Santo (GES), sob gestão controlada.

Na semana passada, o tribunal já tinha tomado decisão idêntica em relação ao pedido de gestão controlada da Espírito Santo International (ESI).

A vice-presidente do tribunal Anick Wolff foi a juíza nomeada para entregar ao tribunal um relatório sobre a situação das empresas requerentes (Rio Forte e ESFG).

No caso da ESI será a juíza Karin Guillaume a relatora do processo.

As três 'holdings' da GES apresentaram pedidos de gestão controlada ao abrigo da lei luxemburguesa por não estarem em condições de cumprir as suas obrigações no que respeita ao pagamento das dívidas.

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