Reconversão das Avenidas Atlânticas sem solução à vista
Porto Canal
A reconversão das Avenidas Atlânticas tem sido tema na cidade do Porto há algum tempo, mas segundo a Câmara Municipal, não tem sido em vão.
O que a autarquia quer mesmo ter em atenção é o espaço e o serviço de mobilidade para os peões.
“Queremos mais pessoas nos transportes públicos, nós não queremos tirar espaço ao peão”, disse Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, no Ata Pública, no Porto Canal.
Vladimiro Feliz, do PSD, considera que há uma limitação do espaço na Avenida Brasil e Avenida Montevideu apontando que a reversão da estrutura destas avenidas tem de ser muito bem pensada, para ser bem feita.
“Numa obra, que a meu ver, para ser transformadora tem que realmente requalificar a cidade, tem de ser uma obra pensada de forma estrutural. Para mudarmos só faz sentido se mudarmos para melhorar muito a mobilidade que ali acontece naquela avenida. Se não, mais vale esperar pelo que vai acontecer na Nun’Álvares, mais vale esperar pelo que vai acontecer com o ‘metrobus’ e pensar numa solução integrada para toda aquela zona”, aponta o vereador Vladimiro Feliz.
Já para a CDU, o município não tem considerado as soluções certas. Rui Sá considera que falta planeamento estratégico do território. “Parece-me que as soluções apresentadas pela Câmara são soluções não estruturais e, portanto, é assim que se vai construindo a cidade do Porto sem haver um planeamento estratégico, sem haver uma reflexão estratégica dos órgãos municipais e as soluções vão-se encontrando assim de um momento para o outro”, aponta o líder do grupo municipal da CDU.
Isabel Menéres, aponta que é preciso uma reflexão profunda que vá além da mobilidade. “Os cidadãos não compreendem este fazer e desfazer de obras. A fazer agora uma alteração, que seja uma alteração com alguma perspetiva de durabilidade”, disse no Ata Pública.
Para o processo avançar, falta agora o parecer da união de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde.