José Soeiro critica Governo pelo tratamento da greve dos bares dos comboios

José Soeiro critica Governo pelo tratamento da greve dos bares dos comboios
Lusa
| Política
Porto Canal/Agências

O deputado José Soeiro criticou este domingo, na XIII Convenção do BE, o Governo pelo tratamento da greve dos trabalhadores dos bares dos comboios e defendeu que as “empresas podem ter medo” porque “se quem trabalha quiser, o mundo para”.

“Desorientação, tiros no pé, degradação, encrencas, múltiplas ‘galambices’. Mas a maior ‘galambice’ de todas, a mais horrível, não foram os episódios rocambolesco da madrugada no Ministério [das Infraestruturas], não, foi a desatenção, o descuidado, o desprezo com que o Ministério de João Galamba tratou os 130 trabalhadores dos bares dos comboios”, criticou o deputado.

O deputado bloquista referia-se à greve dos trabalhadores dos bares dos comboios que ficaram sem receber salários durante alguns meses e que estiveram em grave até ao final de abril, depois da concessionária ter enfrentado problemas que levaram à suspensão do serviço.

José Soeiro quis também lembrar a importância da greve na luta dos trabalhadores e lembrou a paralisação marcada para o dia 02 de julho pelos estafetas das plataformas digitais como a Uber Eats.

O dirigente considerou que por não terem “qualquer vínculo laboral, os estafetas legamente” não estarão em greve, mas acrescentou que “quando há novas formas de exploração, sempre se encontram novas formas de resistência”.

“Diziam as plataformas: lamentamos, de momento não podemos processar novas encomendas devido à alta procura”. Foi o que as plataformas puseram a circular junto dos clientes. Quanto medo, quem diria, de pronunciar duas sílabas: greve. Duas sílabas que vêm de longe: greve. Se quem trabalha quiser, o mundo para”, afirmou.

José Soeiro afirmou que “cada comunicado das plataformas digitais contra o bloco e contra estes trabalhadores é uma medalha” que o partido exibe com orgulho, por fazer parte do processo que conduzem “para ter uma nova lei que presuma contratos entre estafetas e trabalhadores”.

“Cada conquista só o será verdadeiramente se for um instrumento de luta e de organização”, acrescentou.

O deputado falou também sobre o excedente de de 4.059 milhões de euros da Segurança Social em 2022 anunciado esta semana referindo que “os números lembram com estrondo a maior e mais escandalosa mentira encenada pela maioria absoluta”.

“Em setembro do ano passado, a Ministra do Trabalho declarou que o sistema de Segurança Social colapsaria se a lei do aumento das pensões fosse cumprida no tempo certo. Pedimos as contas, o Governo mandou números martelados para o Parlamento e agitou o fantasma da insustentabilidade. Onde devia haver confiança, o Governo quis miná-la”, defendeu.

Na XIII Convenção do BE, que termina este domingo em Lisboa, serão votadas as moções A, de Mariana Mortágua, que elegeu cerca de 80% dos delegados, e a moção E, de Pedro Soares, que representa uma minoria.

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