Porto e Gaia salientam componente ambiental e de rede da linha Rubi do metro

Porto e Gaia salientam componente ambiental e de rede da linha Rubi do metro
| Norte
Porto Canal/Agências

Os presidentes das câmaras do Porto, Rui Moreira, e de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, salientaram esta quarta-feira o caráter ambiental e de rede que a nova linha Rubi do metro vai potenciar, durante a cerimónia do lançamento do concurso público para a sua construção.

"Nós queremos atingir a neutralidade carbónica em 2030 e isso não é possível se não formos capazes de arranjar uma substituição para o transporte individual", mas sem o "proibir", disse durante a cerimónia de lançamento do concurso público Rui Moreira, que considerou esta quarta-feira "um dia feliz".

Apesar de demonstrar "total compreensão" face às críticas de cidadãos do Porto que defendem que a ponte "não é onde devia ser" nem a "ponte que devia ser", o autarca independente lembrou que "não há pontes invisíveis".

"Tenho muito menos para aqueles que dizem que nós devíamos pôr ali os automóveis a andar em cima, para as pessoas que dizem que o 'metrobus' vai incomodar os automóveis, porque são essas mesmas pessoas que os outros cumpram com os compromissos ambientais, mas eles não são capazes de fazer os sacrifícios", disse Rui Moreira.

Para o autarca do Porto, essas pessoas "esquecem-se seguramente de que os filhos deles, os netos e os bisnetos também têm direito a um planeta".

Já Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia e da Área Metropolitana do Porto (AMP), salientou que "ainda decorrem as obras das linhas Amarela [Santo Ovídio - Vila d'Este, em Gaia] e Rosa [São Bento - Casa da Música, no Porto]" e já se está a lançar o concurso público para a linha Rubi, "uma das mais estruturantes obras de mobilidade urbana" da região.

"Permite um eixo estruturante que começa em Santo Ovídio, rebatendo na Linha Amarela e na futura estação da alta velocidade, vai às Devesas, rebatendo com a linha ferroviária do Norte, e segue pela Arrábida até ao Campo Alegre e à Boavista, permitindo alavancar o uso do transporte público em zonas absolutamente essenciais", caracterizou.

Assim, com as atuais obras e o futuro alargamento da rede a concelhos como Gondomar, Maia, Matosinhos ou Trofa, "permitindo evoluir de um modelo de antenas, tradicional na origem da Metro do Porto, para um verdadeiro modelo de anéis integrados, ou aquilo a que se pode chamar uma rede", salientou o líder metropolitano.

Eduardo Vítor Rodrigues disse ainda que o balanço da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que financiará pelo menos 299 milhões de euros dos 435 milhões que custará a linha Rubi, "se faz ao longo do tempo, e depois no final, e não freneticamente, no seu início".

A linha Rubi ligará a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Gaia, inclui a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro e terá um custo total de 435 milhões de euros, dos quais 299 milhões têm financiamento garantido pelo PRR, e a sua construção terá de estar finalizada até meio de 2026.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida e, no Porto, Campo Alegre e Casa da Música.

+ notícias: Norte

Quinta devoluta em Arcos de Valdevez vai ser centro de inovação agrícola por 3,5 milhões de euros

Uma quinta devoluta há mais de duas décadas em Arcos de Valdevez vai ser transformada em centro de produção de conhecimento e inovação agrícola, num investimento estimado em 3,5 milhões de euros, revelou o presidente da Câmara.

Cinco novos agrupamentos de baldios gerem 13.000 hectares de floresta no Norte

Cinco agrupamentos de baldios vão gerir 13.000 hectares de floresta no Minho e Trás-os-Montes com foco na prevenção de incêndios, numa iniciativa da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) com três associações.

Aveiro, Braga, Viana do Castelo e Viseu mais expostos aos efeitos destrutivos da digitalização

Aveiro, Braga, Viana do Castelo e Viseu são os distritos mais expostos à automação e com "pouca exposição" aos efeitos transformativos da inteligência artificial, conclui um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos(FFMS).