Ponte Luiz I exclusiva a transporte público e bicicletas vista com agrado do lado de Gaia
Porto Canal / Agências
O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia disse que o balanço da reabertura da ponte Luiz I, que liga esta cidade ao Porto, apenas à circulação de transportes públicos, bicicletas, táxis e peões é “super positivo”.
“O balanço deste pouco tempo [ponte reabriu a 14 de abril após obras de requalificação] é super positivo”, disse Eduardo Vítor Rodrigues aos jornalistas, no final da reunião do executivo municipal.
A 14 de abril, o tabuleiro inferior da ponte Luiz I, entre o Porto e Vila Nova de Gaia, reabriu ao trânsito cerca de um ano e meio depois de ter fechado para obras de reabilitação, mas apenas à circulação de transportes públicos, velocípedes, táxis e peões, deixando de fora os automóveis, TVDE e transportes turísticos, uma decisão que tem sido polémica.
O autarca considerou que o tempo, apesar de ainda ser pouco, demonstrou que a decisão é boa e correta.
“Estou mais convicto desta decisão à data de hoje do que estava na altura”, sublinhou.
Motivo pelo qual não antevê que haja alterações naquela decisão tomada pelos municípios de Gaia e do Porto, acrescentou.
Eduardo Vítor Rodrigues vincou que o princípio é valorizar o transporte público e impulsionar e privilegiar a sua utilização, por isso, quem utiliza este meio de transporte está em vantagem e satisfeito porque agora os autocarros circulam “sem parar nas enormes filas de trânsito” que, anteriormente, se verificavam.
“Os carros gostariam de atravessar a ponte, eu compreendo, mas o princípio é valorizar o transporte público”, afirmou.
Além disso, o autarca recordou que enquanto a travessia esteve encerrada os automobilistas arranjaram soluções alternativas, mais um motivo para justificar a atual decisão.
E referindo-se às filas de trânsito que caracterizavam aquela ponte questionou: “Quem saía beneficiado com o que tínhamos antes?”.
O custo da obra, inicialmente estimado em 3,3 milhões de euros, acabou por ficar nos 4,2 milhões, tanto devido à intervenção mais complexa do que o esperado, mas também devido à crise das matérias-primas, ligada à guerra na Ucrânia, segundo disse à Lusa a responsável da Infraestruturas de Portugal (IP) pela fiscalização da obra, Joana Moita.