Julgamento de Miguel Alves adiado para junho devido a greve dos funcionários judiciais

Julgamento de Miguel Alves adiado para junho devido a greve dos funcionários judiciais
| Norte
Porto Canal / Agências

O início do julgamento do ex-presidente da Câmara de Caminha Miguel Alves e da empresária Manuela Couto, acusados de prevaricação, previsto para quinta-feira no Tribunal de Viana do Castelo, foi adiado para junho devido à greve dos funcionários judiciais.

Fonte judicial esta quarta-feira contactada pela agência Lusa adiantou que o início do julgamento está agora previsto para o dia 15 de junho, com início às 9h15 e continuação na tarde daquele dia.

Uma segunda sessão está agendada para dia 16, com início às 9h15 e, em caso de necessidade, com continuação na tarde daquele dia.

A mesma fonte explicou que o julgamento, que inicialmente estava previsto começar na quinta-feira, às 14h, foi reagendado devido à greve dos funcionários judiciais, para que se realizassem "julgamentos com arguidos presos".

"Este julgamento não tem arguidos presos e foi remarcado para o 15 de junho, durante todo o dia, e dia 16 de junho durante a manhã. Caso haja necessidade terá continuação à tarde", especificou a fonte.

Desde meados de fevereiro e até sexta-feira, os funcionários judiciais comparecem ao serviço, mas apenas cumprem algumas tarefas, recusando, por exemplo, julgamentos não urgentes, numa greve que o conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República considerou ilegal e passível de originar sanções disciplinares.

Na terça-feira, em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal, anunciou nova greve de 10 dias, a partir de 26 de abril, sem presença nos tribunais e com perda de retribuição, ao contrário da atual paralisação, em que apenas não cumprem algumas tarefas.

Na acusação contra Miguel Alves, o Ministério Público (MP) sustenta que o antigo autarca - que se demitiu do cargo de secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro após saber da acusação - violou normas de contratação pública quando acordou com Manuela Couto serviços de assessoria de comunicação para o município "sem qualquer procedimento de contratação pública".

O despacho de acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, a que a Lusa teve acesso, refere que o processo teve origem numa "denúncia anónima efetuada no Portal do DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal]" em 03 de julho de 2019, a dar nota de que o então presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, "celebrara vários contratos com a empresa MIT -- Make It Happen, Branding Comunicacional, Lda, sociedade da empresária Manuela Couto", em 2015 e em 2016.

Os arguidos estão acusados, em coautoria, de prevaricação de titular de cargo político.

Manuela Couto, mulher do antigo autarca de Santo Tirso Joaquim Couto, está a ser julgada no processo da "Operação Éter", relacionado com contratos ilícitos celebrados pela entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), com 29 arguidos e cerca de 150 crimes económicos.

+ notícias: Norte

“Aconteceu aqui um milagre”. As imagens da explosão que destruiu 11 casas em Vila Verde

Uma explosão de gás que deflagrou, na madrugada desta segunda-feira, causou grandes danos materiais numa habitação na freguesia de Turiz, em Vila Verde, e afetou outras 11 residências contíguas, confirmou o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, Luís Morais, que confessa ter ocorrido “um milagre” por não terem sido registados feridos.

Empresas e universidades do Norte de olhos postos no céu para apostar na economia espacial

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a Agência Espacial Portuguesa estão a trabalhar num plano para promover a economia espacial na região, tendo já efetuado uma reunião nesse sentido. "A CCDR-Norte e a Agência Espacial Portuguesa estão a trabalhar na criação de um plano de ação para a promoção da economia espacial no Norte, com o objetivo de promover o desenvolvimento e o uso das tecnologias espaciais na região", pode ler-se num comunicado esta segunda-feira enviado às redações pela entidade regional.

Caminhava no passeio e morreu atropelada por camião em Matosinhos

Uma mulher com cerca de 70 anos morreu esta segunda-feira após ter sido atropelada por um veículo pesado em Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos.