Três em cada quatro portugueses concordam com reprivatização da TAP. Mais de metade queria demissão de Medina
Porto Canal
Uma grande maioria dos portugueses (74%) diz que concorda com a reprivatização da TAP, contra apenas 16% que a rejeitam em qualquer cenário.
Os dados são da mais recente sondagem da Aximage para o Diário de Notícias, JN e TSF, que revela que a maioria dos inquiridos que concorda com a venda da empresa, gostaria que houvesse algumas condições: um terço só aceitaria se o estado recebesse mais do que os 3,2 mil milhões de euros injetados na companhia aérea.
Já 27% exxigem que o Estado fique como acionista, sendo que apenas 17% concorda com a venda incondicional.
A sondagem mostra também que dois terços dos inquiridos concordam com a decisão da demissão da administração da TAP, liderada por Christine Ourmières-Widener, e mais de metade aponta culpas ao executivo, uma vez que 55% dos inquiridos defende que Medina devia ter sido demitido na sequência da indemnização milionária paga a Alexandra Reis, aquando da sua saída da companhia.
No que diz respeito a uma visão geográfica, a região Norte (sem incluir área Metropolitana do Porto) é a que maior percentagem defende a privatização da TAP (81%).
No Porto desce para 75% e na área Metropolitana de Lisboa, Centro e Ilhas o apoio à venda da empresa ultrapassa os 70%.
No que toca às respostas por idades, a faixa mais nova (18 a 34 anos) é a que mais defende a privatização (79%). Já a faixa etária mais idosa (maiores de 65) é onde essa ideia menos vinga (68%).
Relativamente ao número de inquiridos que defendem que o Estado mantenha a empresa, este regista uma subida consoante a idade, variando entre 10% (18-34 anos) e 21% (mais de 65).