TAP. Estado tem de manter posição de “reserva estratégica pública” na companhia aérea
Porto Canal / Agências
O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que o Estado terá de manter uma posição de “reserva estratégica pública” na TAP quando esta for privatizada, admitindo que esta poderá ser maior ou menor dependendo “do sócio”.
No debate sobre política geral no parlamento, António Costa foi acusado pelo PSD de ter mudado a sua posição “em 180 graus” sobre a transportadora aérea e de querer agora reprivatizar a companhia.
Na resposta, o primeiro-ministro negou qualquer mudança de posição e assegurou que o Estado sempre teve a intenção de reprivatizar a companhia.
"A TAP será aquilo que deve ser", frisou, clarificando que o Estado irá "manter uma reserva estratégica pública”, sendo a empresa reprivatizada “na medida do estritamente necessário”.
O primeiro-ministro defendeu que o Estado deve ter uma posição na transportadora aérea “não para gerir a TAP no dia-a-dia, mas para assegurar os objetivos estratégicos para o país”.
“Assegurar a continuidade territorial com as Regiões Autónomas, a nossa relação com a diáspora e que Portugal se mantém como ‘hub’ estratégico para a América do Sul, Brasil e preferencialmente para a América do Norte”, enumerou.
Para tal, defendeu, “é fundamental o Estado estar no capital da TAP”. “Se temos de estar menos ou se temos de estar mais, isso depende de quem for o outro sócio”, acrescentou.