Bragança é o distrito com menor número de queixas de crimes no país
Porto Canal/Agências
O distrito de Bragança é o que apresenta em Portugal o menor número de participações de crimes e valores “significativamente abaixo dos nacionais” em termos de criminalidade, como destacou esta segunda-feira o ministro da Administração Interna.
José Luís Carneiro participou, em Bragança, na cerimónia comemorativa dos 147 anos do Comando Distrital da PSP, responsável pela segurança das duas cidades mais populosas da região, Bragança e Mirandela, com cerca de 50 mil habitantes.
“Há um dado muito positivo em relação ao distrito de Bragança, este é o distrito que tem o menor número de crimes participados em todo o país”, salientou o governante, considerando que mostra “o sentido de responsabilidade que os cidadãos nas suas atitudes e comportamentos têm vindo a ter, mas também a eficácia do dispositivo”.
Segundo o comandante distrital, Carlos Anastácio, o efetivo distrital da PSP perdeu, desde 2017, 22 elementos, passando de 196 para 174, e apresenta uma média de idades de 49 anos, que para o ministro tem sido “suficiente para cumprir a missão”.
“E a prova está no facto de que houve uma redução de mais de 20% na criminalidade grave”, indicou José Luís Carneiro que, no discurso, referiu que no ano de 2022, foram colocados no comando de Bragança dez novos polícias.
A criminalidade geral registou um aumento de 10% no distrito de Bragança justificado pelo ministro com o “maior número de operações da Polícia de Segurança Pública” e o “aumento da criminalidade digital, a chamada cibercriminalidade.
O governante considerou que este aumento “tem que ver com uma tipologia de criminalidade que exige um outro tipo de intervenção que não o número de polícias.
“Aí o que fundamentalmente se exige é a qualificação e capacitação das forças policiais para novos tipos de crime, e que tem vindo a ser trabalhada”, disse.
Em relação à criminalidade em geral, o comandante distrital da PSP, Carlos Anastácio, explicou que as ocorrências com maior prevalência nas duas cidades são “pequenas incivilidades”, como a questão do ruído, em que “às vezes a polícia tem que fazer um pouco o papel de árbitro”.
“A grande comunidade de estudantes”, cerca de 10 mil no Instituto Politécnico, alguns de fora de Portugal, são também um dos focos da atenção da polícia nas cidades de Bragança e Mirandela, como disse o comandante.