Participações disciplinares do FC Porto sobre Matheus Reis e Frederico Varandas foram negadas… em menos de 12 horas
Porto Canal
Francisco J. Marques divulgou, na passada terça-feira, que o FC Porto apresentou ao Conselho de Disciplina (CD) participações disciplinares sobre Matheus Reis e Frederico Varandas, no seguimento dos incidentes que marcaram o final da Taça da Liga.
Numa intervenção no programa “Universo Porto da Bancada”, emitido pelo Porto Canal, o diretor de comunicação dos ‘azuis e brancos’ revelou que o clube apresentou ao CD da Federação Portuguesa de Futebol uma participação sobre os incidentes da final da Allianz Cup que os portistas venceram. Em causa o encostar de cabeça de Matheus Reis ao árbitro da partida, João Pinheiro, bem como a intervenção do presidente do Sporting, Frederico Varandas, no final da partida.
O dirigente do FC Porto teceu duras críticas à atuação do organismo que tutela os casos de disciplina no futebol português, estranhando a celeridade pouco habitual com que a decisão foi tomada.
"Há alturas em que a justiça desportiva funciona quase à velocidade da luz. Esperamos pelo clássico de domingo para falar disto. Na final da Taça da Liga houve o comportamento do Matheus Reis, que encostou a cabeça ao árbitro João Pinheiro, e teve as declarações sobre arbitragem do presidente do Sporting na garagem do estádio. Por isso, o FC Porto decidiu apresentar duas participações disciplinares no dia 31 de janeiro, que foram enviadas por email, às 13h12. O controlo do email foi lido às 15h02, e depois o FC Porto recebeu duas deliberações, por causa do Matheus Reis e por causa das declarações do presidente do Sporting. No próprio dia, assinado por toda a gente do Conselho de Disciplina, foram tomadas ambas as deliberações para dizer que não aceitavam aquelas denúncias, que não davam em nada", começou por dizer Francisco J. Marques.
"Segundo o Conselho de Disciplina, considerando que da factualidade em apreço naquela comunicação não resultam indícios da prática de infração disciplinar, na medida em que tais declarações se afiguram ainda compatíveis com a crítica objectiva, determina-se o arquivamento do presente expediente. Ou seja, ter alguém a dizer que há condicionamento dos árbitros, isso é considerado uma crítica objetiva. No meu entender, falar em condicionalismos dos árbitros não é uma crítica objectiva, é uma crítica vaga, que lança suspeições para muita gente. Todos os conselheiros chegaram rapidamente a este consenso e determinaram o arquivamento do expediente. O FC Porto já recorreu disto, mas teve de fazer o recurso sem número de processo, porque não foi atribuído, seguiu para o TAD, isto é muito estranho. Ainda é mais estranho na questão de Matheus Reis, que teve o comportamento que as imagens ilustram. O Conselho de Disciplina diz que a ação foi percecionada pelo senhor árbitro, por conseguinte objecto da decisão da equipa de arbitragem", acrescentou ainda o Diretor de Comunicação do FC Porto.
Recorde-se que no jogo em questão, ao cair do pano e já com a vitória dos Dragões praticamente confirmada, Matheus Reis encostou violentamente a cabeça ao árbitro da partida João Pinheiro.
O central leonino foi apenas advertido com um cartão amarelo, mas os analistas de arbitragem foram unânimes em considerar o caso motivo para a exibição do cartão vermelho. O caso ganhou ainda maior mediatismo após uma cabeçada de um jogador do Marítimo B, poucos dias depois, que contou com um desfecho bastante diferente.