Medina garante que as seis propostas para reprivatização da Efacec são sinal de confiança

| Economia
Porto Canal/Agências

O ministro das Finanças congratulou-se esta terça-feira por o Estado ter recebido “seis propostas muito credíveis” para a reprivatização da Efacec, considerando que tal revela “a importância da empresa”, a “confiança na economia portuguesa” e no futuro da indústria portuguesa.

Em declarações à imprensa à saída de uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia, Fernando Medina fez questão de “destacar a boa notícia” da véspera “relativamente ao processo de privatização da Efacec, porque depois de um processo que não foi bem sucedido”, o Estado recebeu “seis propostas, que são propostas muito credíveis, por parte de várias empresas, nacionais e estrangeiras”.

Destacando que se trata de “propostas que são vinculativas nos seus próprios termos”, Medina considerou que “a manifestação de interesse que foi registada, as propostas que o Estado recebeu relativamente à Efacec”, revelam desde logo “a importância da empresa e o seu papel no tecido industrial do país e a sua importância ao nível do emprego, e que muitos entendem como relevante manter e de aproveitar, por ser uma unidade com capacidade para ser uma unidade rentável e viável”.

Por outro lado, prosseguiu, o interesse demonstrado revela “também confiança na economia portuguesa”, argumentando o ministro que “quem estará disposto hoje a entrar num processo de reestruturação empresarial com a dimensão e a importância que a Efacec tem, é naturalmente quem acredita no futuro da economia portuguesa, da indústria portuguesa e do seu desenvolvimento”.

Medina apontou que “agora contará o processo de negociação com os vários interessados relativamente ao debate, à apresentação, à discussão das suas propostas, e depois um processo de seleção até à escolha final”.

“O Estado irá negociar as melhores condições dessa venda do ponto de vista da economia nacional, do ponto de vista do desenvolvimento da empresa, do ponto de vista do emprego, do ponto de vista do futuro, porque é uma unidade produtiva que foi nacionalizada nas circunstâncias que todos conhecem”, disse.

Na segunda-feira, a Parpública anunciou que recebeu seis propostas vinculativas de entidades nacionais e estrangeiras à reprivatização da Efacec, seguindo-se, nos próximos 10 dias, a avaliação das mesmas.

“No âmbito do processo de reprivatização de 71,73% do capital social da Efacec Power Solutions, SGPS, S.A., a Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. informa o mercado e o público em geral que recebeu, no prazo estabelecido, seis propostas vinculativas por parte de três entidades nacionais e três estrangeiras”, adiantou, em comunicado, a Parpública, sem revelar mais detalhes.

Nos próximos 10 dias vai realizar-se a avaliação destas propostas.

No dia 9 de fevereiro, o ministro da Economia e do Mar afirmou estar convicto de que as injeções que o Estado ainda terá de fazer na Efacec serão “muito limitadas” se a empresa for privatizada dentro de um mês ou dois.

“Acredito que se completarmos o processo dentro de um mês ou dois, as injeções que temos de fazer na empresa, sobretudo ao nível da tesouraria, vão ser muito limitadas”, disse António Costa Silva, durante o debate de política setorial, no parlamento, quando questionado pelo PSD sobre o processo de venda Efacec.

António Costa Silva estimou: “Nesta altura cifram-se em cerca de 165 milhões de euros, entre as injeções de capital para a tesouraria e as garantias que foram dadas”, os encargos que o Estado já suportou com a Efacec.

O governante assegurou que o executivo está “a trabalhar para assegurar” a “transação” da Efacec, realçando que “o Estado não é um bom acionista” para a empresa.

Em dezembro, a Parpública disse ter recebido manifestações de interesse de oito candidatos, nacionais e internacionais, à reprivatização da Efacec.

O Governo tinha anunciado em 28 de outubro que a venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída por não se terem verificado "todas as condições necessárias" à concretização do acordo de alienação.

 

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