Fim dos exames nacionais no ensino secundário estará à vista?
Porto Canal
Ainda não está decidido o método de avaliação para o acesso ao ensino superior que irá vigorar nos próximos anos. Tal como noticia o jornal ‘Público’, para já, a única certeza é que a decisão final só deve ser conhecida na próxima semana, sendo que a obrigatoriedade de realização de exames nacionais para a conclusão do ensino secundário é o tema que está a gerar mais desacordo. Face a esta discórdia entre os ministros da Educação e Ensino Superior, a decisão final passará no “crivo pelo primeiro-ministro”.
No início do passado mês de janeiro, o Governo e parceiros do setor negociavam o novo modelo de acesso ao ensino superior que, supostamente, entrará em vigor já no início do próximo ano letivo e, ao que tudo indica, deverá incluir três exames nacionais, um deles a Português.
No entanto, ainda não há nenhuma certeza. A proposta por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) passa por aumentar o peso dos exames. As notas do secundário que até agora tinham um peso de 50% para o acesso ao ensino superior, passarão a ter um mínimo de 35%. Dessa forma, os exames nacionais contam com mais peso e contribuem para evitar a disparidade de notas que se tem verificado entre os estabelecimentos de ensino públicos e privados.
Nesse novo modelo, todos os alunos que queiram concorrer ao ensino superior terão de fazer três provas, uma delas a Português.
Para o Ministério da Educação, tutela de João Costa, o jornal ‘Público’ adianta que quis acabar com os exames nacionais obrigatórios, pois defendia introduzir “uma distinção entre o que é a certificação do ensino secundário e o acesso ao ensino superior”. Caso esta decisão siga em frente, Portugal será “um dos poucos países europeus sem uma avaliação nacional no fim desse ciclo”, explicou o jornal ‘Público’.
Recorde-se que nos anos anteriores à pandemia, era obrigatória a realização de quatro exames nacionais.