Desconfiança na origem das inundações no Porto levam Rui Moreira e Executivo a visitar o subsolo portuense
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Porto Canal
A visita aconteceu esta terça-feira, ao subsolo da zona histórica do Porto, nos locais onde as inundações do fim de semana tiveram maior impacto.
Rui Moreira, acompanhado pela equipa de vereadores da Câmara Municipal do Porto, percorreu as galerias subterrâneas do Rio da Vila, na zona da Estação de São Bento, mantendo a preocupação sobre os estragos causados pela intempérie – e que afetaram maioritariamente os comerciantes da zona – mas, sobretudo, sobre as causas que levaram a que o caudal do rio a provocar a enxurrada do passado sábado.
Ainda sem certezas, e a aguardar pelo relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), o executivo acredita que as obras da Metro, referentes à construção da linha Rosa e do novo túnel que vai desviar parte do curso do Rio da Vila, possam ter tido implicações no cenário dantesco que assolou o centro do Porto, no passado fim de semana.
Quem avançou a suspeita foi o próprio vice-presidente da autarquia, Filipe Araújo, que admitiu no próprio sábado que “a obra a decorrer da Metro terá certamente provocado algumas alterações”.
O estudo do LNEC, que ainda decorre, visa apurar se estruturas como sumidouros, bocas de lobo e sarjetas estão corretamente dimensionados e em quantidade suficiente.
Outro dos pontos em análise é o desvio do Rio da Vila, em curso na empreitada da Metro do Porto. A empresa tem projetado um novo canal subterrâneo entre a Praça da Liberdade e o Largo de S. Domingos, com um diâmetro de 6 metros, que deverá entrar em funcionamento até ao final do ano. O novo canal irá receber os vários braços do afluente do Douro e conduzir o caudal até à infraestrutura existente junto da Praça do Infante.