Caso TAP. Fernando Medina garante que não tinha conhecimento da indemnização de Alexandra Reis
Porto Canal
“Eu entendi que, do ponto de vista político, a questão era mais vasta do que essa e que não se sanava com um processo de devolução de verbas”, apontou Fernando Medina em declarações aos jornalistas.
Fernando Medina diz garante que não teve “nenhuma relação com a decisão” da saída de Alexandra Reis da secretaria de estado do Tesouro. “Entendi que a sua permanência no Governo colocava em causa a autoridade política da própria, do Ministério das Finanças e isso é algo que é um valor que tem de ser protegido”, disse o ministro em declarações aos jornalistas.
Sobre a responsabilidade política no caso, Medina aponta que “não ocupava nenhuma função governativa quando esta decisão da TAP é tomada” aponta Fernando Medina, dizendo que não teve “nenhuma relação com a decisão”. O ministro das Finanças realça que solicitou a demissão de Alexandra Reis no momento em que tomou conhecimento da situação.
“Eu não sabia dessa situação aquando do convite que formulei e aquando da nomeação que foi realizada”, disse Fernando Medina aos jornalistas. Sobre o escrutínio que terá sido feito, o ministro das Finanças aponta que “não foi feita essa avaliação a esse ponto, também não fui informado que essa indemnização tinha ocorrido”.
Medina realçou o cargo que Alexandra Reis ocupava já na NAV apontando que a saída da TAP aconteceu dentro da legalidade.
Administração da TAP
Medina anunciou “a realização de uma auditoria por parta da Inspeção Geral de Finanças (IGF) à forma como todo o processo ocorreu dentro da companhia aérea”.
Sobre a confiança na administração da transportadora aérea, o ministro das Finanças não revelou qualquer intenção prévia, apontando para o relatório da IGF. “A IGF avaliará a legalidade de todo o processo e fará também sugestões para o sistema futuro”.
Contudo, Medina aponta que “não é adequado que uma empresa que tem uma tutela financeira que é o Ministério das Finanças que haja decisões deste tipo de impacto e que não sejam do conhecimento do Ministério das Finanças”. À data a pasta era ocupada por João Leão.