O FC Porto associou-se ao projeto PCaGoal, promovido pela Associação Portuguesa de Urologia, que é dirigido a doentes com cancro da próstata, e que usa o futebol de recreação, um modelo de exercício físico que o FC Porto já implementa há algum tempo através do programa Football Fitness, para "melhorar a saúde, o bem-estar e a aptidão física” dos participantes.

De acordo com Susana Póvoas, uma das investigadoras do projeto, “O FC Porto associou-se a esta iniciativa pela sua responsabilidade social, bem como por ter já há 7 épocas um programa que também visa a melhoria da saúde dos sócios, adeptos e simpatizantes através do futebol de recreação (Football Fitness). No PCaGoal também está a ser usado o futebol de recreação, mas com características adaptadas à população em causa, que tem especificamente cancro da próstata”.

O projeto arrancou no início de novembro e terá uma duração de cerca de 9 meses. Os treinos decorrem nas instalações do FCPorto e “os participantes são orientados por um treinador do FC Porto e acompanhados e monitorizados por profissionais das Ciências da Saúde e do Desporto”.

Na base do projeto está uma “equipa multidisciplinar” de investigação nas áreas das Ciências do Desporto e da Saúde, Urologia e Cardiologia pertencentes à UP/Centro Hospitalar Universitário, Universidade da Maia/CIDESD e Universidade da Dinamarca do Sul, contando com o apoio da Bayer.

O cancro da próstata é a segunda neoplasia mais comum no homem, com cerca de 1.1 milhões de casos estimados em 2012 em todo o mundo. O futebol de recreação representa “uma alternativa aos programas de exercício convencionais na promoção da saúde e mitigação do impacto das doenças não transmissíveis, como o CaP, que, frequentemente, se revelam ineficazes em atrair a maioria da população e assegurar adesão de longo-termo ao exercício.”

Com este projeto pioneiro, “pretende-se avaliar a viabilidade e o impacto de um programa de exercício físico supervisionado (treino centrado no futebol de recreação) e aconselhamento nutricional concomitante, no perfil metabólico, risco de doença cardiovascular e saúde mental em homens com cancro da próstata metastizado hormonossensível.