Debaixo de chuva, entre canções e aplausos, “Bibota” despediu-se este domingo

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Porto Canal

O funeral estava marcado para as 15h, mas antes, muito antes, a Igreja de Santo António das Antas começou a encher-se. Eram amigos, conhecidos ou simples adeptos – do FC Porto, mas de outros clubes também. Em comunhão e numa paz sentida, em que as rivalidades são postas de lado perante um génio do futebol.

Fernando Gomes, o “bibota”, o “eterno 9”, morreu este sábado aos 66 anos. No funeral, na Igreja das Antas, centenas de pessoas fizeram a saudação derradeira ao melhor mercador da história portista.

Alimentava-se de golos, via no balançar das redes uma espécie de missão sagrada. Era o homem dos cruzamentos, da profundidade, do remate à meia-volta, do toque subtil ou encosto forte. Fernando Gomes era o número 9, 452 (dos jogos pela equipa do coração) e 355 (dos golos que marcou pelos azuis).

Nascido no Porto a 22 de novembro de 1956, Fernando Mendes Soares Gomes tinha 14 anos de idade quando, durante as férias de verão, foi de Rio Tinto ao Campo da Constituição a pé para participar nas captações do FC Porto. Fernando Gomes era precipitado: demorou menos de uma hora a convencer António Feliciano, histórico treinador da formação, que merecia um lugar nas escolinhas do FC Porto. Na estreia pelos seniores, a mesma coisa. Primeiro jogo, dois golos de rajada.

Este domingo, debaixo de sucessivas torrentes de água, o “Bibota” saiu a ver a cidade a última vez. Carregado pelos adeptos, desceu a Alameda, parou num santuário improvisado e deu a volta ao estádio – um em que não jogou, mas que construiu com alicerces de conquistas e glórias.

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