A ponte da polémica. O retrato da obra que ainda não saiu do papel
Porto Canal
A construção de uma nova ponte para o metro na zona da Arrábida causou muita polémica, com instituições e moradores a contestar a obra.
Com o rio Douro de fundo foi lançado o concurso público para a construção de uma nova ponte exclusivamente para metro, bicicletas e peões que vai ligar o Porto a Gaia.
Uma cerimónia, que aconteceu em março do ano passado, e onde estiveram presentes o primeiro-ministro António Costa, o antigo Ministro do Ambiente Matos Fernandes, assim como, os autarcas do Porto e de Gaia.
Uma decisão que, desde o início, não foi vista com bons olhos pela Faculdade de Arquitetura e de Letras, assim como, os moradores.
Tudo começou depois dos três projetos finalistas do concurso publico terem sido apresentados, com a Universidade a considerar que estavam em causa "questões de defesa da paisagem e património”.
Os moradores do Bairro de Massarelos diziam temer pela segurança e qualidade de vida, já que, alguns blocos de apartamentos estão sob o tabuleiro da ponte.
Na altura, também a filha de Agustina Bessa Luís contestou o projeto, isto porque, a ponte prevista para 2025 passa em cima da casa da escritora.
Protestos que, em fevereiro do ano passado, levaram o Presidente da Metro Tiago Braga e o então Ministro do Ambiente Matos Fernandes a reagirem no Porto Canal.
Um projeto que, ainda não saiu do papel, mas tem feito correr muita tinta.
Mais recentemente, há cerca de um mês, Rui Moreira demarcou-se do projeto previsto da nova ponte.
Esta quinta-feira foi conhecido o estudo de impacto ambiental da linha Rubi, que abrange a nova ponte, e que, concluiu que a construção terá impacto negativo na paisagem.
Conclusões que diz Rui Moreira, vieram confirmar a preocupação e opinião do autarca da Câmara do Porto.
Já o Presidente da Metro do Porto diz não estar surpreendido com a conclusão do estudo.