PSP suspeita de No Name Boys nos desacatos em Guimarães. Investigações já estão em curso
Porto Canal
23 portugueses foram identificados pela Polícia de Segurança Pública na sequência das perturbações na cidade por parte de adeptos do Hajduk Split. O Porto Canal avançou em primeira mão que estes portugueses se tratavam de membros da claque No Name Boys. Agora, o jornal PÚBLICO confirma que a PSP já iniciou investigações ao grupo benfiquista.
Como noticiado anteriormente, os elementos dos No Name Boys estiveram sempre presentes durante os desacatos, guiando os fãs do Hajduk e indicando caminhos mais rápidos pela cidade. O jornal PÚBLICO confirmou que os croatas evitaram entrar em Portugal através do aeroporto Francisco Sá Carneiro, utilizaram viaturas descaracterizadas e cinco autocarros alugados por portugueses e conseguiram escapar ao controlo das autoridades até chegarem a Guimarães para provocar distúrbios.
As fontes da PSP ouvidas pelo jornal admitem que os meios disponíveis nesta terça-feira não eram suficientes para a ameaça croata, relembrando que o comando distrital de Braga acompanha, neste momento, três equipas de futebol que estão a disputar competições europeias.
Em declarações aos jornalistas, esta tarde, o comissário da PSP Vítor Silva garantiu que as autoridades já estão a investigar o auxílio logístico dos portugueses: “Estamos a falar de um grupo de adeptos que está habituado e faz parte da cultura dos mesmos fazer este tipo de abordagens.”
A claque croata Torcida Split é o grupo organizado mais antigo no futebol europeu. Conhecidos pela violência, costumam viajar antes dos jogos para provocar desacatos com adeptos rivais.
A ligação entre a Torcida Split e o grupo No Name Boys começou oficialmente na época 1994-95, depois de um jogo da Liga dos Campeões. Três elementos da claque No Name Boys, de alcunhas “Gullit”, “Tino” e “Rita”, morreram num acidente de carro quando voltavam do estádio. A partir desse momento, a Torcida (claque do Hajduk) e No Name juraram ‘amizade eterna’.