Ex-procuradoras que ajudaram evadido da prisão condenadas a penas suspensas
Porto Canal / Agências
Lisboa, 30 jun (Lusa) - As Varas Criminais de Lisboa condenaram hoje a penas suspensas duas ex-magistradas do Ministério Público que ajudaram e passaram a um evadido da prisão informações e dados pessoais de altos quadros da magistratura e da Polícia Judiciária.
Sónia Moreira foi condenada a três anos e meio de prisão e Sílvia Bom a dois anos e nove meses, penas suspensas na sua execução por igual período. José Lorosa de Matos, que se encontrava foragido à justiça à data dos factos, tendo-se envolvido intimamente durante esse período com as duas arguidas, foi condenado a cinco anos de prisão efetiva, enquanto a um quarto arguido foi aplicada uma pena suspensa de um ano e três meses.
As arguidas, que exerceram funções como procuradoras adjuntas no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, entre 2004 e 2011, foram expulsas do Ministério Público.
Estavam acusadas TRL de violação do sigilo profissional, acesso indevido, abuso de poder, favorecimento pessoal e falsificação de documento.
Para o coletivo de juízes da 4.ª Vara Criminal de Lisboa, ficou provado, no essencial, "com pequeninas diferenças", os factos constantes do despacho de acusação do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), sublinhando que "a prova foi clara".
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