Oceanos: Para proteger os oceanos é preciso combater a pirataria marítima

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 27 jun 2022 (Lusa) - O Presidente de Angola alertou hoje que o mundo não conseguirá alcançar os objetivos relacionados com a proteção dos oceanos se não lidar com a pirataria marítima, nomeadamente no Golfo da Guiné e no Corno de África.

"Estamos convencidos que não conseguiremos realizar os objetivos relacionados com a proteção do ecossistema marinho se não assumirmos com coragem a necessidade de reforçar a capacidade de defesa e segurança marítima fortemente ameaçadas por grupos de modernos piratas do mar que desenvolvem a sua atividade terrorista nas principais rotas marítimas, ameaçando seriamente o comércio Internacional e a segurança nos oceanos", disse João Lourenço, ao intervir no plenário da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que hoje começou em Lisboa.

O chefe de Estado defendeu por isso a necessidade de "alargar a cooperação internacional com os países destas regiões, de modo a dotá-los da capacidade para fazerem face a esta ameaça global".

"Torna-se cada vez mais evidente a importância dos oceanos para o fluxo regular de mercadorias, o seu impacto no comércio mundial e na estabilização dos preços dos bens essenciais e das matérias-primas, assim como um funcionamento normal da economia", afirmou, sublinhando a "importância fulcral e a necessidade incontornável da utilização pacífica dos oceanos como garante da sobrevivência em condições humanamente dignas das populações de todo o planeta".

As águas do Golfo da Guiné, que se estendem por milhares de quilómetros desde Angola até ao sul do Senegal, estão entre as mais perigosas do mundo devido à pirataria.

Nos últimos anos, estes incidentes que acontecem na costa dos dois maiores produtores de petróleo na África subsaariana, a Nigéria e Angola, têm perturbado as rotas marítimas e custaram milhares de milhões de dólares em prejuízos.

Segundo o mais recente relatório anual Departamento Marítimo Internacional (IMB, na sigla em inglês), divulgado em janeiro, o número de atos de pirataria marítima desceu em 2021 para 132 ocorrências, o nível mais baixo dos últimos 27 anos, motivado pela descida dos ataques na África Ocidental.

Mesmo com a redução no número de ataques de pirataria, o Golfo da Guiné é a região onde há mais raptos no mundo a nível marítimo, tendo sido registados, no ano passado, o rapto de 57 tripulantes de navios que atravessam a zona, ficando acima do Golfo de Aden, ao largo da costa da Somália, até agora considerada a principal área de pirataria em África, segundo o mesmo relatório.

FPA (MBA) // VM

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