Daviz Simango formaliza candidatura às presidenciais moçambicanas
Porto Canal / Agências
Maputo, 05 jun (Lusa) - O líder do MDM, o terceiro maior partido moçambicano, Daviz Simango, apresentou hoje ao Conselho Constitucional a sua candidatura às eleições presidenciais de 15 de outubro, declarando à imprensa estar com "vontade de vencer" o escrutínio.
Depois de entregar ao presidente do Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito, os documentos exigidos pela legislação eleitoral moçambicana, para a análise da validade da candidatura à Presidência da República, Daviz Simango disse aos jornalistas que a recolha das 10 mil assinaturas necessárias para o suporte da candidatura foi um processo sinuoso, mas superado pela vontade de vencer a corrida.
"Foi um processo sinuoso, mas a vontade de vencer garantiu o depósito hoje da nossa candidatura às eleições presidenciais", disse o candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
Questionado sobre as suas hipóteses de triunfar face ao candidato do partido no poder, Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Filipe Nyusi, e do líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, Afonso Dhlakama, Daviz Simango afirmou que já concorreu e venceu em circunstâncias adversas em duas eleições para edil na segunda maior cidade do país, Beira.
"Eu já tive a oportunidade de participar em muitas eleições adversas e venci e nada pode impedir que vença desta vez, quem coloca o Presidente da República no poder é o povo", disse o candidato, que cumpre o segundo mandato de edil na Beira.
O candidato do partido no poder já depositou no Conselho Constitucional a sua candidatura, faltando ainda Afonso Dhlakama, que ainda não saiu do refúgio onde se instalou depois de o acampamento onde vivia, no centro do país, ter sido tomado pelo exército moçambicano, no contexto da atual tensão política e militar em Moçambique.
O exército moçambicano e os homens armados da Renamo têm-se envolvido em confrontos no centro do país, devido a divergências entre o partido e o Governo em torno do desarmamento do braço militar que o movimento ainda mantém ativo, no quadro do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado em 1992.
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