Cantor e opositor ugandês Bobi Wine detido após operação na sede do seu partido

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Porto Canal com Lusa

Kampala, 14 out 2020 (Lusa) - O deputado e cantor ugandês Bobi Wine foi preso hoje juntamente com vários membros do seu partido durante uma operação policial na sede daquela força política em Kampala, disse o seu advogado, Anthony Wameli.

"A polícia e o exército atacaram a Plataforma Nacional de Unidade (NUP), isolaram as instalações e todas as estradas que a ela conduzem, antes de prenderem Bobi Wine e outros elementos", que foram detidos dentro das instalações do partido, disse Wameli.

"Isto é odioso, é um ataque à democracia por parte de uma polícia e exército partidários", afirmou, acrescentando que não foi avançado o motivo da operação.

Bobi Wine, nome artístico de Robert Kyagulanyi, de 37 anos, tinha anunciado anteriormente no Twitter uma rusga das forças armadas e da polícia aos escritórios do partido.

"Forçaram a entrada nos escritórios e tiraram documentos importantes e outras coisas. Alguns dos camaradas foram feridos. A natureza partidária das agências de segurança no período que antecede as eleições cheira mal", escreveu.

O porta-voz da polícia ugandesa, Patrick Onyango, confirmou "uma operação policial em curso nos escritórios do NUP".

"Os nossos agentes estão destacados no local. Os detalhes da operação serão comunicados mais tarde", acrescentou, recusando-se a comentar as alegações do advogado da Bobi Wine de que o anunciado candidato presidencial em 2021 foi detido.

A imprensa foi mantida longe dos escritórios do NUP, mas muitos polícias armados eram visíveis, bem como nas ruas adjacentes, de acordo com a agência France Presse.

Bobi Wine, que foi eleito deputado pela oposição em 2017, tornou-se o porta-voz dos jovens ugandeses pobres das zonas urbanas, que não se reconhecem no regime do Presidente Yoweri Museveni, 74 anos, que está no poder desde 1986.

O líder opositor tem sido preso ou colocado sob prisão domiciliária em numerosas ocasiões desde 2018, inclusive sob a acusação de organizar um comício ilegal em julho de 2018.

CFF // PJA

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