Buscas por avião da Malaysia Airlines centradas em zona onde foram detetados sinais
Porto Canal / Agências
Sydney, Austrália, 07 abr (Lusa) -- As buscas pelo avião da Malaysia Airlines, desaparecido a 08 de março, com 239 pessoas a bordo, centram-se hoje na zona onde o navio chinês Haixun 01 detetou sinais semelhantes aos emitidos pelas caixas negras.
O navio britânico HMS Echo -- equipado com detetores de caixas negras -- dirige-se para a zona numa 'missão' em contrarrelógio, dado que as baterias que alimentam os sinais emitidos pelas caixas negras do avião têm um tempo de vida útil de entre 30 e 45 dias, estando, por isso, prestes a esgotarem-se.
O navio chinês detetou dois sinais -- um na sexta-feira de alguns instantes e um outro, no sábado, de 90 segundos --, com uma frequência de 37,5 kHz por segundo, idêntico aos emitidos pelas caixas negras dos aviões.
Angus Houston, o chefe australiano da missão, definiu a descoberta como "importante" e "encorajadora", mas ressalvou, porém, não ser possível estabelecer qualquer relação com o MH370.
A operação pela aeronave tem outra frente -- a cerca de 550 quilómetros de distância do principal ponto de buscas --, onde o navio australiano Ocean Shield, também equipado com um localizador de caixas negras, investiga um outro sinal, o terceiro, detetado no domingo.
"Esta é uma descoberta importante e encorajadora, mas que devemos continuar a tratar com cuidado. Estamos a trabalhar num grande oceano e dentro de uma área de pesquisa muito ampla", afirmou, este domingo, Angus Houston, chefe australiano da missão.
Doze aviões, nove dos quais militares, e 14 barcos participam nas operações, continuando a patrulhar hoje as remotas águas do Oceano Índico, concentrando-se numa área de aproximadamente 234 mil quilómetros quadrados, de acordo com informações reveladas hoje.
O Boeing da Malaysia Airlines desapareceu dos radares civis, na madrugada de 08 de março, poucos depois de descolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim.
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