Austrália envia meios para investigar sinais "encorajadores" nas buscas por avião da Malásia

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Porto Canal / Agências

Perth, Austrália, 06 abr (Lusa) - A Austrália enviou hoje aviões e navios para investigar sinais submarinos detetados por um navio chinês, considerados "uma descoberta importante e encorajadora" nas buscas pelas caixas negras do avião da Malásia desaparecido.

Angus Houston, o chefe australiano da missão, disse que um outro sinal está a ser analisado a 300 milhas náuticas de distância, no oceano Índico, quando se aproxima o limite de um mês de vida útil para as baterias que alimentam os sinais emitidos pelas caixas negras.

Ele revelou que o navio China Haixun 01 detetou por duas vezes um sinal subaquático numa frequência usada para transmitir dados de voo e gravadores de voz do cockpit - uma vez durante 90 segundos no sábado e uma outra mais rápida na sexta-feira -, a uma curta distância.

"Esta é uma descoberta importante e encorajadora, mas que devemos continuar a tratar com cuidado. Estamos a trabalhar num grande oceano e dentro de uma área muito grande de pesquisa", disse Houston a jornalistas, destacando que se devem evitar a "especulação e os relatos não confirmados", porque "colocam os familiares dos passageiros sob um stress terrível".

O navio britânico HMS Echo e o navio australiano Ocean Shield - ambos equipados também com detetores de caixas negras - e aviões da força aérea australiana foram enviados para a área para ajudar a descartar ou confirmar os sinais, disse Houston.

O Ocean Shield também estava a investigar um sinal que detetou hoje, na sua atual localização, a cerca de 300 milhas náuticas a norte do Haixun 01, em águas distantes da costa oeste da Austrália.

Houston disse que a missão estava a levar ambas as deteções "muito a sério", embora tenha descrito a descoberta chinesa como a mais promissora.

"Eu acho que o fato de que nós termos tido duas deteções, dois eventos acústicos naquele local, oferece alguma promessa que requer uma investigação completa", disse.

As caixas-pretas, equipadas com um farol que é ativado em caso de imersão, são a principal esperança dos investigadores para encontrar os destroços do Boeing 777 e explicar as circunstâncias de seu desaparecimento em desacordo com o seu plano de voo.

No entanto, o tempo está a passar e estes gravadores têm uma vida de cerca de quatro semanas: a caixa negra do voo MH370, se ainda emite, deve em breve ficar completamente em silêncio.

Um total de dez aeronaves militares, dois aviões civis e 13 navios devem continuar a patrulhar hoje uma grande área marítima de 216 mil km2, a cerca de 2.000 quilómetros a oeste da cidade australiana de Perth (oeste).

RCS // PJA

Lusa/fim

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