Covid-19: Governo da Madeira alerta para notícias falsas que visam lançar pânico
Porto Canal com Lusa
Funchal, Madeira, 15 mar 2020 (Lusa) -- O Governo da Madeira alertou para a divulgação de notícias falsas sobre o surto de Covid-19 na região que apenas pretendem "lançar o pânico entre a população" e admitiu agir judicialmente nestes casos.
Uma nota divulgada sábado na região pela vice-presidência do Executivo madeirense alerta para "a publicação de notícias falsas partilhadas nas redes sociais, que pretendem apenas aproveitar-se do atual momento para lançarem o pânico entre a população".
No mesmo documento, destaca-se que "a única informação oficial sobre o Covid-19 está a ser feita através dos canais próprios", nomeadamente a "autoridade de saúde regional", que é o Instituto de Saúde da Madeira.
No entender do Governo madeirense "qualquer outra proveniência com informação duvidosa, só poderá ser entendida como uma tentativa de lançar o pânico".
Considera-se que este tipo de informação falsa difundida "em nada ajuda para o clima de serenidade que se impõe neste momento para as famílias madeirenses e porto-santenses".
Por isso, "independentemente dos procedimentos, inclusive judiciais, que o Governo Regional possa desencadear", apelou à população do arquipélago que "esteja alerta a estas situações e a fazer fé apenas na informação oficial que é feita diariamente".
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, acompanhado por outros elementos do Executivo insular, tem dado uma conferência de imprensa diária para fazer o ponto da situação face à pandemia de Covid-19.
Também ao final da tarde, um responsável do Instituto de Saúde da Madeira (Iasaúde) tem apresentado todos os dias o relatório clínico dos casos suspeitos e resultados das análises efetuadas.
Até ao momento, dos 17 casos suspeitos, 15 deram negativos e dois aguardam o resultado das análises e, sábado, não havia qualquer caso oficialmente confirmado na Região Autónoma da Madeira.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 151 mil pessoas, com casos registados em mais de 137 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.
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