Fábrica demolida no Porto frequentada por 400 pessoas para prostituição e droga

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A Câmara do Porto estima que "cerca de 400 pessoas" frequentassem "diariamente" os edifícios abandonados da antiga fábrica de sabões do Porto, associados à prostituição, tráfico e consumo de droga, cuja demolição começou esta manhã.

"Calcula-se que os edifícios abandonados, e cujas vedações eram permanentemente violadas, fossem frequentados diariamente por cerca de 400 pessoas, que ali consumiam droga, traficavam e se prostituíam", escreve a autarquia numa nota publicada hoje na sua página da Internet.

Naquele local de Lordelo do Ouro, a Câmara identificou "enormes 'salas de chuto'", perigo para saúde pública devido à existência de "amianto em degradação", telhados "partidos e a cair", varandas "em risco de ruína" e instalações elétricas "com ligações clandestinas" e "riscos de incêndio e eletrocussão eminente".

"O espaço tem funcionado nos últimos anos como um dos principais focos de tráfico e consumo de droga na cidade e era utilizado por traficantes de todo o género de estupefacientes, que ali desenvolviam a sua atividade diariamente", acrescenta a autarquia no seu site.

A Câmara indica ainda que os edifícios, "sem atividade há décadas", eram habitados por 15 pessoas "em condições de vida sub-humanas".

"O local possuía enormes 'salas de chuto', em condições de salubridade e segurança indignas, além de possuir placas de fibrocimento, contendo amianto em degradação e representando um perigo evidente para a saúde pública", descreve o município.

Situados ao lado do bairro municipal Dr. Nuno Pinheiro Torres, os edifícios apresentavam um "elevado grau de degradação, com telhados partidos e a cair, varandas em risco de ruína e instalações elétricas com ligações clandestinas a apresentarem riscos de incêndio e eletrocussão eminente", acrescenta a autarquia.

A Câmara indica ainda que os moradores do bairro vizinho se queixavam "dos problemas de segurança e salubridade públicas que as atividades de tráfico e consumo de droga e de prostituição ali desenvolvidas representavam".

De acordo com a autarquia, o processo de tomada de posse administrativa do terreno, com "cerca de 130 metros de comprimento por 95 de largura", foi iniciado "apenas duas semanas" depois de Rui Moreira ter sido empossado presidente da Câmara, tendo em conta "problema social gravíssimo" do espaço.

As demolições começaram hoje porque terminaram na sexta-feira "os trâmites legais e o prazo dado em edital para que os proprietários tomassem medidas", justifica o site do município.

A antiga fabrica, que começou por produzir sabão e mais tarde se dedicou à transformação de metais começou hoje a ser demolida devido à degradação do prédio e perigo para a saúde pública.

As máquinas iniciaram os trabalhos por volta das 07:40, depois de uma brigada cinotécnica da PSP ter verificado se estavam pessoas no edifício.

Segundo avançou a Câmara do Porto, no edifício existiam grandes quantidades de amianto, proveniente do isolamento e das coberturas dos edifícios em fibrocimento, e que se encontra espalhado praticamente por todo o perímetro do terreno.

A ocupação ilegal por 15 pessoas, a prostituição e o consumo de drogas levantava também o risco de problemas de saúde pública, com a existência de focos de tuberculose e outras doenças infecciosas, acrescentou.

Nas "últimas semanas", a Câmara esteve no local para aplicar um plano social de ajuda às pessoas que ali viviam, tendo contado com o apoio de diversas entidades, nomeadamente a Administração Regional de Saúde, o Centro Distrital de Segurança Social do Porto, a Polícia Municipal, o Batalhão de Sapadores Bombeiros e a Proteção Civil.

No âmbito deste processo, os serviços sociais propuseram alojamento aos habitantes regulares do local mas apenas três aceitaram a ajuda.

A retirada de pessoas do local foi dada concluída na sexta-feira e, desde essa altura, a Polícia Municipal tem-se mantido presente no sentido de impedir a reocupação das instalações.

O processo de demolição de todos os edifícios da fábrica deverá ficar concluído no prazo de uma semana.

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