Mergulhadores tentarão imersão mas condições do mar são "muito perigosas"

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Porto Canal / Agências

Avilés, Espanha, 11 mar (Lusa) - Os quatro mergulhadores destacados para as operações de busca e salvamento do pesqueiro português Santa Ana, naufragado nas Astúrias, deverão realizar em breve uma imersão para recolher informação sobre o navio, apesar das condições "muito perigosas do mar".

Fonte do Salvamento Marítimo espanhol confirmou à Lusa que o objetivo é aproveitar a maré-baixa para tentar chegar o mais próximo possível da embarcação, que se encontra numa posição "muito instável", encalhada em rochas.

"A aproximação ao navio está a ser complicada pelas ondas. Ontem [segunda-feira] realizaram uma imersão mas a 30 metros de distância e as ondas eram tão grandes que os arrastou para próximo do navio", disse a fonte. "Há redes, aparelhos e outro material na água o que torna o mergulho muito perigoso", explicou.

A mesma fonte referiu que o navio está "praticamente na vertical", com parte da proa visível fora de água, e os mergulhadores vão "tentar estudar o navio sem se aproximar demasiado por questões de segurança".

"Prevê-se alguma melhoria nas condições marítimas nos próximos dias. Tudo tem que ser feito com muito cuidado devido à condição do mar", referiu, deixando antever que o acesso ao interior da embarcação pode ainda demorar alguns dias.

A mesma fonte explicou que na zona permanecem duas embarcações do Salvamento Marítimo, uma lancha da Cruz Vermelha e um navio patrulha da Guarda Civil.

Os dois helicópteros que apoiam as operações ainda não descolaram hoje, devido à fraca visibilidade na zona.

Os quatro mergulhadores, apoiados por um técnico de operações especiais, são provenientes da base estratégica do Salvamento Marítimo próximo de A Corunha (Galiza), estando desde segunda-feira na zona de Avilés, nas Astúrias.

O naufrágio causou dois mortos, um português e um espanhol, e estão seis tripulantes desaparecidos (um português, três espanhóis e dois indonésios), tendo sido resgatado com vida o capitão do navio, de nacionalidade espanhola.

Fonte consular disse à Lusa que se estão a ultimar os preparativos para a trasladação do pescador português falecido, Francisco Gomes Fragateiro, para Leça de Palmeira.

As autoridades espanholas consideram que os seis desaparecidos, entre os quais o português Vítor José Farinhas Braga, poderão estar no interior do navio, já que estariam a dormir no momento do acidente, que ocorreu às 05:30 locais (04:30 em Lisboa).

Armando Soares, representante em Portugal do armador do navio, Pescas Balayo, disse à agência Lusa que o naufrágio pode ter sido causado por um baixio.

Entretanto, o município galego de Muros - de onde eram oriundos dois dos tripulantes desaparecidos e o único sobrevivente, para já, da tragédia - decretou três dias de luto oficial.

As vítimas da tragédia foram já identificadas e o funeral do espanhol, cujo corpo foi resgatado na segunda-feira, deverá decorrer na quarta-feira no cemitério da Abelleira, em Muros, segundo informou a autarca local.

O corpo do cozinheiro do navio chegou à sua terra natal, Esteiro, próximo de Muros, durante a madrugada de hoje.

O único sobrevivente, para já, da tragédia, Manuel Simal Sande, de 50 anos e também natural de Muros, recebeu alta hoje, regressando à Galiza.

ASP // HB

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